25 de jun. de 2011

Hi guys!

Pessoal criei um perfil no NYAH! Quem achar melhor acompanhar a história por lá, fiquem a vontade...
Aqui está o link:

http://www.fanfiction.com.br/cahthamotta

Desculpe por tudo ;)

24 de jun. de 2011

10. Decepção

Os dias foram se passando, eu trabalhando horas a fio, em alguns momentos Alec passava ao meu lado, e em alguns dias para cá estava percebendo que Alec estava de uma maneira diferente, não saberia explicar o que exatamente eu estava percebendo, também não sabe se é excesso de trabalho, ou simplesmente uma paranóia boba.
Enfim, de qualquer maneira, eu não podia perder as poucas vezes que tinha chance de ficar junto de Alec. Eu trabalho mais do que compartilho a minha vida com ele.

NESSIE

- Eu sei pai que prometi a vocês que eu não ia atrás da Camily, ou Giovanna, ou sei lá como ela quer ser chamada, mas eu achei que ela iria fazer uma visita a nós ou pelo menos ligar, mas nada.
- Filha, se conforme com a escolha dela. Eu sei que ela é a sua amiga, mas na vida há perdas e ganhos.
- Mas ela se transformou em uma garota amarga, sedenta...
- Eu sei que foi uma mudança pra pior, mas foi a escolha dela.
- Mas eu não agüentei ficar muito tempo lá, como ela consegue?
- Porque o seu amor não estava lá. É isso que fez com que ela decidisse entregar de corpo e alma, em troca de viver com o seu amor. Você foi para lá pensando no Jack. Pense pelo lado dela.
- E eu posso ir lá visitá-la?
- Pra quê? Para ela te chamar de louca, após a borracha que eles passaram nela?
- E se agora ela estiver esperando a gente ir para lá para ela voltar conosco?
- Filha, você não leu o que eu li. Ela não sabe, mas em breve ela saberá se é que ela já não sabe.
- Do que você está falando, pai?
- Ela virou tipo rainha dos Volturi. O dom dela é fazer que as pessoas façam o que ela quer. E os Volturi, acham que nada e nem ninguém mandará neles, que encontraram uma criatura mais poderosa que eles.
- Então ela faz o que quiser lá dentro e eles dirão “amém”?
- Sim. Então se ela quiser voltar pra Forks, ou for para outro lugar com Alec, eles não a impedirá.
- Então eu tenho que ir para lá contar isso para ela. Ela pode muito bem voltar para cá e não sabe, eu podia...
- Não filha. Imagine se eu privasse a você de escolher porque eu sei que não é correta tal coisa, você iria me escutar?
- Não, para tanto que fui hóspede deles.
- Pois então. Você não tem nada para fazer.
Tá pai, você me convenceu, um a zero pra você! Ele deu um sorriso largo de satisfação e eu abracei.
- Te amo minha cabecinha de vento.
- Também te amo chato.
- Cabeça de vento!
- Chato, chato, chato, mil vezes chato.
- Eu fico pensando, se eu não fosse chato, você iria me amar do mesmo jeito, ou mais?
- De jeito algum, são as suas chatices que te torna especial.
- Nós que o diga – mamãe dizia entrando com o tio Jaspes, tio Emmet e tia Rose.
- Calma aí que já estão avacalhando comigo.
- O meu irmãozinho Edward ficou chateado? – tia Rose tava brincando com a cara do papai.
- Aé? Você vai ver o que é bom pra tosse irmãzinha!
- Caro irmão, se você acha que só porque sou loura sou burra, está muito enganado. Pra tosse é bom xarope. Não que eu precise. Já chega você, já está de bom tamanho.
-Ah, vocês tiraram o dia pra zoar de mim neh?
- Irmãozinho, fazemos isso desde que mundo é mundo. Não precisamos declarar o dia especial para tirar sarro do Edward, dá mais trabalho e não é tão divertido. Aliás, você vai ficar na fiúza do calendário e vai esquecer-se de se divertir das piadas sobre você.
Alice de repente apareceu no pé da escada com a fisionomia de que estava tendo uma visão. E não dava nem pra desconfiar se é coisa boa ou ruim. Meu pai estava com uma fisionomia de muita concentração, pelo jeito é uma visão embaçada.
- O que você está vendo Alice? – tio Jasper a perguntou.
- Alguém se revoltou, e as pessoas que estão em sua volta estão com medo, mas não consigo ver quem são essas pessoas e nem que é essa pessoa revoltada...
- Alice nem consegue ver o que estão falando – meu pai falou ainda se concentrando na visão de Alice.
- Edward, você consegue fazer leitura labial? – Emmet sugeriu.
- Tentarei.
Ficamos em silêncio até que a fisionomia dos dois de suavizassem.
- E então? – Emmet não se aguentava de curiosidade, nós também não.
- A princípio uma pessoa se revoltou, dando opções a uma legião de pessoas, e outra pessoa vendo a reação de desespero dessas pessoas, se aliou com a revolucionista. Mas não consegui captar o que diziam e nem quem eram essas pessoas todas – meu pai disse pensativo.
- Pai não seria a Camily, e essa legião seriam os Volturi e quem aderiu a revolta não foi Alec? Você me disse a pouco que a Camily pode fazer o que preferir lá dentro.
- Ela não precisa se revoltar desse jeito pra conseguir o que quer... – mas ela provavelmente não sabe a força que tem lá dentro. E quem descobre é Alec – sim filha, mas de qualquer modo, porque ela se revoltaria? Não tem lógica filha. É mais fácil você se revoltar que ela.
- A Camily de antes eu não tinha dúvida, mas a Camily de agora eu não conheço. Não sei com que cabecinha ela pensa.
- Mas qual motivo ela teria para fazer tudo isso?
- E qual seria o motivo deles não nos receber com a Camily, mas com a Giovanna. Porque eles criaram essa personagem? Se ela tivesse totalmente feliz lá dentro, eles teriam confiança de que ela não iria traí-los – essa minha questão deixou todos pensativos.


CAMILY

T
á. Pelo fato de não ter tempo disponível para ficar com o Alec eu entendo. Mas todos aqui trabalham tanto assim? Bom, acabei de declarar a mim mesma e ao Alec o dia de folga. Mesmo que nós não precisemos descansar, mas merecemos um tempo para nós. Não era para trabalhar que eu virei uma sanguessuga matadora. Fui decidida ir até Alec e dizê-lo o que decidi. Nem vi com quem ele estava conversando, com certeza era sobre o trabalho, puxei-o levei pro meu quarto.
- Algum problema Camily, para você me puxar com urgência?
- O meu amor e a minha saudade por você é urgente.
- Amor, depois nós conversamos, preciso acertar os detalhes da...
- Nada disso. Trabalhamos demais. Nem ficar juntos a gente ficou. Não é pra isso que vim morar aqui.
- Mas foi o trato de você e Aro.
- Troquei em trabalhar, e não me matar de trabalhar. Diga-me, quando foi à última vez que a gente ficou juntos sem estar em serviço? -Ele ficou pensativo – não houve última vez porque não teve esse momento. E quanto tempo to aqui? Quase um ano? Eu mereço ficar com você sem estar preocupada com o trabalho.
- Camily, não é bem assim. Você ao menos pediu permissão para isso? Você por acaso pediu esse tempo de folga pra gente? Que eu lembre não.
- Então beleza, irei já pedir.
- Mas você deve esperar uns dias...
- Uns dias. Estou aqui faz quase um ano.
- Quem esperou um ano, o que é uns dias?
- Olha quem fala Alec. Quem esperou a eternidade a minha espera, podia me esperar mais uns dias. Você foi ao meu encontro com alguns dias adiantado.
- Do que exatamente você está falando?
- Do prazo que você escreveu no bilhete quando estive aqui e estava voltando pra Forks.
- Sim, mas aquela carta eu tive que escrever na presença de Aro, Marcus e Caius. E quem levou a carta foi Marcus. Mas achei um mês muito tempo.
- E desobedeceu-os, e com certeza nem pediu autorização.
- Pedi e eles me concederam. Mas eu fui dois dias após do meu pedido. Eles me deixaram porque eu pedi. Então, vá lá como você sempre foi, e peça a eles mais dias de folga, e tenha paciência. Controle-se senão perderá em um segundo a confiança que você conquistou todo esse tempo.
Fui ao encontro de Caius, Marcus e Aro para pedir. Mas não sei se posso segurar a minha explosão. Alec me seguia de longe. Caso eu precise dele pra me segurar.
- Senhores, eu quero fazer um pedido, posso?
- Claro, querida, você foi à melhor trabalhadora. Tem esse merecimento – Marcus me elogiava. É claro que fui à melhor, eu fui a única que não parava um segundo de trabalhar, eles renderam um ano o que não renderiam em uma década.
- Quero pedir dias de folga, a mim e ao Alec. Ao menos um dia todo por semana. Como o senhor mesmo que disse, sou a melhor trabalhadora. Prometo que não diminuiremos o rendimento do dia.
- Pedido feito. Mais alguma coisa?
- Não senhor. Somente isso.
- Pois bem. Chamaremos você para lhe comunicar da nossa decisão sobre esse pedido nessa mesma semana, minha palavra – Marcus prometeu.
- Minha também – Aro prometeu também. Em seguida Caius prometeu.
- Obrigada – e me retirei.
Ainda essa semana? Hoje ainda é domingo. Garanto que eles irão me chamar domingo à noite.
- Pronto Camily, por acaso tirou pedaço?
- Sim, tirou um enorme pedaço da minha paciência, da minha folga da semana, a admiração e respeito que eu tinha por eles.
- Nem é pra tanto Camily.
- Está bem, não é nada. Eu que estou exagerando. Vamos voltar para a escravidão.
- Não fala assim amor. Eu adoro trabalhar.
- Você adorava, pois você não tinha mais nada para fazer e assim você não ficava com a cabeça livre pra pensar porcaria, não é verdade?
- Sim, e me acostumei assim.
- É, mas eu não. Sei que não preciso descansar, mas eu não preciso passar todo o meu tempo ocupado com o trabalho.
- Eu também não era acostumado, mas se acostuma.
- Eu não preciso me acostumar a ocupar todo o meu tempo com isso porque eu tenho outra coisa mais interessante para fazer – beije-o, o beijo que estava com saudade – entendeu?
- Sim senhora.
- Bobo. Amo-te.
- Eu te amo muito mais – e piscou pra mim – agora vamos voltar ao batente até a segunda ordem.
- Tudo bem.

Irritava-me com qualquer coisa, não tinha paciência de concluir trabalho algum. Pensava: porque eles precisam pensar em me liberar uma vez por semana, sabendo que o restante tem folga a todo o momento?
Tentei contar até dez, depois mais uma vez, mais uma, mais uma... Não sei quantas vezes contei até dez, sei que nada adiantou.
- Camily, pode me fazer um favor...
- Favor? Eu estou entupida de trabalho e vem me pedir um favor? Você vive...
- Era só dizer que não podia...
- Não posso e não quero também! – e sai.
Nem reparei para onde eu estava indo, até alguém me chamar.
- Você não pode entrar no salão principal, está terminantemente proib... – nem esperei terminarem a frase e fui entrando, nesse momento não estava medindo nenhuma conseqüência.
- Hein mocinha, os guardas não lhe disseram que ninguém podia entrar...
- Falaram, mas eu estou com pressa. E eu mereço prioridade, pois trabalhei como uma condenada aqui dentro então eu tenho o saco de vocês cheio de créditos pelos meus feitos
- Ora, ora, ora. Quem diria que você estaria aqui reclamando pelo pagamento de suas horas extras feitas por sua livre espontânea vontade...
- Pois bem, e o que vocês me oferecem de recompensa do meu trabalho sem descanso e reclamação?
- Mais trabalho. Você acha que aqui é um acampamento de férias? Mas não é. Na verdade, todo esse trabalho é o seu pagamento pelo favorzinho que te fiz para “viver a vida” ao lado do seu amor, não está satisfeita? Pois bem, pagará com a vida, você se lembra do nosso acordo?
- Não muito bem. Mas me lembro de sua promessa.
- Promessa? Qual?
- A de me permitir visitar Forks uma vez por ano, pois bem, já se passou mais de um ano... E como trabalhei muito, poderia ir e voltar periodicamente...
- Claro, eu fiz essa promessa. Mas se lembra que a Camily morreu e quem está aqui é Giovanna? Se você for, irá aumentar as desconfianças por parte dos Cullen.
- Não esqueci, mas não fui eu quem inventou essa bobagem... Aliás, por que mentir? Eu não estava insatisfeita, ao contrário, estava feliz.
- Para precaver.
- RAIOS! Os senhores mentem e quem paga o pato sou eu! Não é justo.
- Diminua a voz. Quem pode gritar aqui certamente não é você.
- Que se dane!
- JÁ CHEGA. FAZ FAVOR DE SE RETIRAR.
- Sim senhor, com muito prazer. Só saibam que estou saindo não porque os senhores me ‘pediram’, mas sim porque não suporto mais conversar e olhar para os senhores. COM LICENÇA! – senti que Demetri vinha em minha direção com toda fúria – NÃO VENHA ATÉ A MIM! - De repente Demetri parou, ele mesmo não entendeu a causa – ouçam bem, eu não vou ser rebaixada por vocês, estão me entendendo? Vocês não me assustam e nem me repelem nem um pouquinho. Podem fazer o que quiserem que não me deixarão com medo.
- Eu vou te destruir sua desaforada! – Demetri voltou a correr em minha direção.
- Pare! – Demetri parou – Não se mova nem um centímetro – Demetri nem se mexer - vocês acham que são fortes, mas duvido que sejam, nem lutar vi vocês lutarem.
- Diacho, por que é que não consigo me mexer?
- VENHA! – ele então ‘se destravou’ e veio – você está tão idoso que o corpo já não é comandado pelo cérebro... – ri alto.
- Ora essa, não guardarei ofensa! Vou te destruir!
- Nada disso – Alec veio na minha frente – não deixarei vocês se confrontarem.
- Agora só faltava essa, mais um contra nós. Alguém mais irá segurar a causa da Camily, e agora também do Alec?

7 de mai. de 2011

PARTE III

- O QUE VOCÊS QUEREM COMIGO?
- Você de volta pra casa! – A garota falou convicta.
- Vocês estão loucos. Meus pais acham que eu fui morta e, decapitada em algum lugar do mundo. Eu amo muito eles para matá-los.
- E quem são seus pais? – o cara me perguntou. Parece que ele já sabia da minha resposta antes mesmo de eu falar.
- Não me lembro deles.
- E como tem tanta certeza que os ama? – esse cara definitivamente tem uma piada interior que não para de rir.
- Definitivamente eu não estou aqui porque quero – nessa hora me lembrei de quando Aro disse a ele da última vez que ele veio aqui “ela é só um consolo para Alec”. Meu sangue ferveu logo me lembrei dum outro momento
“-O seu amorzinho morreu numa tentativa frustrada de transformá-la e eu, por ser muito parecida com ela, servi para você não querer a sua destruição?
- Não é isso – e foi colocar os seus dedos em mim.
- Não me encosta, fará me esquecer disso, não é?
- Não preciso te tocar. Em alguns minutos você lembrará a verdade.
Aos poucos fui me lembrando e, quando me recordei de tudo. O que eu fui fazer? Brigar com Alec”
Mas o que eu havia lembrado? Diacho de memória fraca.
- Minha querida, Alec que apagou a sua memória – olhei para o cara, assustada. Deve ser coincidência. O que que esse cara não para de rir? Olhei para ele e fiz uma pergunta olhando pro vazio, deve ser loucura, minha, mas vampiros tem dons uns mais loucos que outros: Você por acaso lê mentes?
- Sim – me respondeu em seguida da minha pergunta, me olhando bem fundo em meus olhos – e você já sabe disso. É só pedir para o Alec voltar com a sua memória que a sua loucura passará logo.
- Eu hein! Não vou deixar de acreditar no Alec para acreditar em um desconhecido.
- Mas quando você estava brigando com Alec, e você lembrou de algo, o que seria essa lembrança?
- Não tenho a mínima idéia!
- Pois então, vá até Alec e peça-o para fazê-la lembrar.
- Outra hora. Só depois que vocês se retirarem.
- Ah! Mas essa é a intenção. De você saber do porque que estou aqui com a Nessie.
- NADA DISSO! FAVOR SE RETIRAREM.
A garota pegou o seu celular e me mostrou no visor uma foto de nós duas juntas, outras com mais uma galera, todas elas aparecem eu sorrindo. Mostrou-me também vídeos de aniversários e uma carta minha a minha mãe:
“Cheguei querida mãezinha. Como você não estava em casa, fui tomar banho e dormir. Mas não hesite em me acordar. Estou morrendo de saudade da senhora! TE AMO. Ca”
Realmente, aquela não era a minha letra. Era um garrancho. Peguei uma folha qualquer, nem vi o que tinha no verso, e escrevi:
“Essas suas ‘provinhas’ não passam de uma mera montagem. Eu faço melhor com esses programas de computador. Não torra a minha paciência gratuitamente!”
E entreguei a ela.
- Queira saber que quando nos é transformado, muda tudo e principalmente a caligrafia. Existe algum humano com uma caligrafia igual a minha? – ele pegou a minha carta e logo em baixo da minha mensagem, ele copiou, a sua letra só podia ser dos deuses. Era perfeita. Mas é claro que ele riu com a minha conclusão.
- Veja – e me entregou o bilhete. Reparei em cada detalhe, Comparei com a minha e sem dúvida é impossível um humano ter essa letra:
“Essas suas ‘provinhas’ não passam de uma mera montagem. Eu faço melhor com esses programas de computador. Não torra a minha paciência gratuitamente!”
Amassei o papel e joguei nele. Minha fúria estava incontrolável.
- SAIAM DAQUI, SAIAM. ALEC, ARO, DEMETRI, JANE SEILÁ QUEM, MAS TIREM ESSES DOIS DAQUIIIIII!
Gritei em excesso. Não precisava fazer tudo isso, mas estava com muita raiva e urgência, desses dois desaparecessem da minha vista.
- E nunca mais voltem aqui, se voltarem, rezem para que eu não saiba para a sorte de vocês dois.
Eles se retiraram contra as suas vontades e fechei a minha porta e me afundei na minha cama que estava lá só por enfeite. Após muito tempo Alec veio batendo na minha porta me garantindo que eles já foram embora. Abri a porta e fui logo abraçá-lo.
- Te amo Alec. Você é a minha vida! – e lhe dei um beijo.
- Você não tem a noção que me deixou muito aflito, trancada nesse quarto. Eu esperava mais uns murros em cima de mim do que essa declaração linda.
- E você, vai brigar comigo por ter dado várias mancadas?
- Confesso que na hora não me faltou vontade – e ele me deu um sorriso de orelha a orelha - e mesmo que eu tivesse essa intenção agora pouco, já não estaria mais – e me retornou com um beijo.
- E Aro? Vi que ele tava uma fera comigo.
- Ele eu não posso garantir nada. Ele engana totalmente a gente. E foi por isso também que vi até aqui, ele quer conversar com você.
- Vem comigo? Com você me sinto segura.
- Claro, mas... Bom, tudo bem!
Fomos até o salão onde os meus convidados inesperados estavam. Pensei comigo mesma a não me esquecer de perguntar a ele do porque da criação de Giovanna. Aro levantou-se de seu trono e veio em minha direção com um sorriso inexplicável. Pegou as minhas mãos e ficou pensativo por um momento. Tempo suficiente para ler a minha vida inteira!
- Claro que te respondo! Era fazer um teste.
- Teste? Com quem? Como assim?
- Ora, com vocês dois. Com você para ver se os seus sentimentos seriam mais fortes que a falta de memória. E sinto dizer que você foi reprovada. E com Alec, para saber a que ponto o dom dele atingia em você, e o que poderá atingir conosco.
- Fui reprovada? E qual serão seus procedimentos quanto a mim?
- Nenhum.
- Nada? Como assim?
- A minha finalidade era apenas teste, não para castigar esse ou aquele. Fique tranqüila, não farei nada contra vocês.
- Obrigada senhor. E se me permite formular uma questão.
- Prossiga.
- Em qual momento eu reprovei?
- No momento que Edward deu um riso debochante – ficou pensativo - outros momentos também, mas esse foi o cúmulo.
- Com sua licença, senhor.

9 de abr. de 2011

9 - Surpresa (Parte II)

PARTE II

CAMILY

Estava com uma impressão, não sabia se era boa ou não. Também não sei se essa impressão é da Camily vampira ou Camily humana. Essa impressão me incomodou o dia todo. Pensei em falar com Aro ou Alec para entender tudo isso, mas Aro me procurou primeiro.
- Você terá uma visitinha daqui a pouco, é da sua escolha se quer recebê-la ou não.
- E quem são esses visitantes? É alguém que eu conheço ou é só trabalho mesmo?
- Desculpe querida, sem detalhes. Só me diga se quer ou não receber a visita.
- Sim, não me custa nada mesmo. Já que estou aqui, vamos.
- Ok! – Aro estava saindo quando... – ah, só uma coisa, não espere por boas novas!
- Sim senhor.
Quem é essa visita que eu não possa saber de quem é? Será que tem a ver com as minhas impressões? Bom, só esperando para ver. Fiz os meus deveres habituais, fiquei na portaria, ajudei a trazer os turistas para dentro para a nossa alimentação, eu não tava com tanta cede, mesmo com aquele aroma me chamando, pude deixar pra trás.
- Você está bem? – Alec me perguntou preocupado comigo.
- Não exatamente, estou com uma impressão, não sei se é boa ou não.
- Ah, sim. Eu acho que sei do por que.
Olhei a ele me perguntando...
- Sabe do que?
- Em poucos minutos seus convidados que você aceitou em receber já está quase chegando!
- Mas...
- Já está pronta, Camily? – Aro me chamou de longe.
- Acho que sim.
Não sei do que eu precisava me preparar. Ouvi Aro e Alec conversando...
- Apago a memória dela novamente?
- Sim. Como antes. E o nosso também.
- Sim, senhor.
Levaram-me num salão e logo vieram os meus visitantes. Eu não conhecia a garota que vinha em minha direção e me abraçando, mas o outro homem ele havia visitado Aro alguns dias atrás, mas não entendi a visita para mim. Não entendi o que era para eu fazer, afinal, eles são vampiros.
-Camily, minha amiga, saudades de você...
- Desculpe, mas, eu não conheço vocês e meu nome não é Camily. Aro, quem são eles?
- Ora, são seus visitantes!
- E qual a finalidade dessa visita? Se quiser que eu me socialize com essa louca, tire o seu cavalinho da chuva.
A garota tava chorando. Espera aí? Ela é vampiro, como é que ela está chorando?
- É porque ela é meio-vampiro, Camily.
Ri alto.
- Ah entendi da visita – essa garota pensou que ia ser amiga dela pela cara que ela fez - vocês querem que eu conheça um vampiro abominável? Tá ok, já conheci, agora se me dão licença, tenho mais coisa para fazer.
Essa garota me pegou pelo braço e me segurou, tentei-me desvencilhar dela, mas ela era muito forte.
- Que está pensando que está fazendo? Ou você não pensa por acaso? Não é todo mundo que pode me tocar, e você com certeza não tem essa permissão!
- Camily eu não...
- Quantas vezes eu preciso dizer que eu não me chamo Camily, que nome mais medonho esse. Cruzes. MEU NOME É GIOVANNA, DEU PRA ENTENDER?
Explodi, tenha paciência. Se eu soubesse que seria essa visita sem noção, teria recusado a tal visita. Apesar de que, eu não teria entendido o meu pressentimento. Se arrependimento matasse... Ri com esse pensamento.
- Não há nada de engraçado aqui garota! – essa garota tava furiosa.
- Há sim. Vocês dois. Cruzes, me confundir como Camily é gota d’agua! Podem se despedir do seu amigo Aro e podem ir embora.
Quando estava indo para meu quarto, me deu um relampejo dessa garota. Rapidamente veio em minha mente nós duas rindo, como melhores amigas. Só faltava essa, adquirir um novo dom que é ver o futuro, que é pior, inaugurando com um absurdo desses. AFF!
- AMIGAAA LEMBRE DE MIM!
Logo após dessa louca gritar, veio mais um lampejo de memória, dela me dizendo que Alec não era confiável. Não entendi isso. Mas me subiu uma raiva dela infernal. O cara “visitante” me olhou sorrindo. O que é que ele achava engraçado? Depois disso falei sem pensar no que eu falava.
- ESCUTA AQUI NESSIE, VOCÊ NÃO TEM DIREITO DE FALAR QUE O ALEC NÃO É CONFIÁVEL. PRESTE MUITA ATENÇÃO, DESAPAREÇAM DA MINHA VIDA, ENTENDERAM?
Ela me abraçou, com um sorriso de orelha a orelha. O outro cara deu um riso alto até demais. Só ouvi Aro me xingando lá trás.
- Por está me abraçando? Não te...
- Não me deu esse direito. Só me fala uma coisa. Como sabe que eu me chamo Nessie e que eu havia falado para você que Alec não era confiável?
Não entendi o que ela me disse. Parei e pensei no que havia falado para ela quando eu havia me exaltado. Ela tem razão, eu a chamei de...
- Nessie... Desculpe mas... eu não conheço você...
O cara literalmente voou para cima de Alec, só não fui pra cima do Edward por que a Nessie estava me segurando
- Você tentou apagar a memória de Camily, mas não deu certo. Hahahaha ela acabou de lembrar o meu nome e o da Nessie.
Soltei-me da garota e fui pra cima dele.
- Largue o Alec, seu imbecil! Demetri, acompanhem eles até a porta, ELES JÁESTÃO DE SAÍDA!
- Não estamos de saída – disse o cara em tom de satisfação.
- Agora estão! Não desejo a vocês uma boa viagem!
Corri para o meu quarto, senti duas pessoas me seguindo, senti medo. Mas de primeira achei que era o Alec e Aro, para me dar uma bronca. Enganei-me. AFF, ninguém merece!

18 de mar. de 2011

9 - Surpresa (Parte I)

EDWARD

Será possível. Aquela garota ser exatamente igual à Camily? Pela sua morte até que faz sentido, pelo fato de Alice não prever, é claro que eles não estavam planejando desperdiçar uma aliada, independente de quem seja.
Realmente, quando estava de saída, a sua mente conferia o mesmo fato que Aro me contou, e ela não demonstrou nenhuma reação a me ver, reação essa que eu não esperaria. Olhou e falou comigo, como se eu fosse uma pessoa qualquer.
Mas o estranho é que, quando eu leio a mente de algum vampiro que vejo pela primeira vez, em qualquer tempo, eu vejo como esta pessoa foi transformada, mas nela, essa sensação, não faz parte de sua memória, a dor, o sofrimento, a vontade imensa de morrer, esses sentimentos não existem em sua memória. Não sei o que eles fizeram, mas está muito estranho.
Mas de qualquer forma, como vou falar isso para Nessie? O que posso e não posso contar? Será que volto mesmo para tentar descobrir alguma coisa? E se for perca de tempo?
Mas em todos os efeitos, a Nessie acredita que Rose e eu viajamos para comprar um presente para Charlotte, como Nessie pediu. Então fomos para a Austrália, compramos um brinquedo ótimo.
- Edward, você me falou que sentiu uma dor de cabeça quando passou por essa garota quando estava indo embora. Você sabe por quê?
- Acho que deve ter a ver com o seu dom. Mas não sei que raios é esse dom.
Ao chegar a casa, conversamos sobre a minha visita rápida aos Volturi, e tivemos que contar, pois ela ouviu a nossa conversa.
- Pai, me leve para Itália. Eu vendo posso dizer se é ela ou não. Talvez uma visita totalmente inesperada pegue-os de mãos atadas, e possamos descobrir o que está realmente acontecendo.
- Não seria uma boa ideia, querida.
- Mas mãe, é a minha amiga. Eu preciso saber o que está acontecendo.
- Bella, eu não acho que nada perigoso. Por favor, diz que deixa para eu ver se esse plano dará certo ou não.
- Tudo bem. Eu deixo. Mas com Edward eu fico menos aflita.
- Obrigada! – agradeci.
A casa ficou em silêncio, só se ouvia a cachoeira nos fundos da casa de Carlisle. Alice via nitidamente o que pode acontecer. O ruim é que eu não posso ler a mente de Aro pelas visões de Alice. Talvez se Alice tivesse os dois dons, pudesse acontecer.
- Podemos ir hoje?
- Por que tanta pressa? – “minha mãe definitivamente não quer que eu vá” Nessie pensou.
- Mas não é pra tanto, filha. Ela, como todos nós, está muito apreensiva. Mas iremos hoje sim. Você não vai sossegar se não formos o quanto antes.
- Está bem.
Pegamos o primeiro vôo. A Nessie estava numa pulha, nem dormir conseguia. “minha amiga não pode estar morta. Não. Não pode. Mas eu avisei que não seria uma boa ir com eles”.
Ninguém acredita nessa condição. Eles não iam cometer um erro desses. Muito impossível. Eles não permitem erros, por ninguém. E por que Aro iria trazer uma garota só pro consolo de Alec. Isso não faz sentido. Essa história tá muito mal contada.
Enfim Nessie conseguiu dormir. Sono sem sonhos. Até é estranho, do jeito que ela tá nervosa.
As nossas escalas davam bem certo. Não precisávamos esperar muito tempo.

7 de jan. de 2011

8. A parte mais difícil

A caminho da casa de Nessie, eu estava muito quieta. Planejando o que falar a eles da minha indecisão. Mas já que eu não posso fugir então irei me entregar ao homem que eu amo.
- Porque você está tão quieta? Eu necessito ouvir a sua voz.
- Só tentando imaginar como seria viver eternamente, e com você.
- Não seria fascinante? Eu não vejo a hora de tê-la em meus braços e dizer pro mundo que você é minha, e pra sempre será. Eu estou tão eufórico, você nem imagina o quanto.
Alec parou de correr, me puxou de suas costas e me deixou deitada em seus braços, feita uma criança. Beijou a minha testa e desceu em meus lábios. Seu beijo era urgente e doce.
Chegando a frente da casa de Nessie, Alec disse que a casa estava vazia, então fomos para a casa dos Cullen. Percebi que Alec com muita atenção na casa de Nessie, como se tivesse tentando memorizá-la, ou algo parecido. Já na casa dos Cullen, que estava cheia, Alec me soltou no chão, cruzou seu dedos nos meus, e me levou até a porta e apertou a campainha. O seu dedo mal o encostou e Alice logo atendeu a porta.
- Entrem, por favor.
- Claro. Vamos amor? – Alec estava com um sorriso de orelha a orelha, e me levou pra dentro da casa. Soltou as minhas mãos e segurou a minha cintura, como uma proteção excessiva.
- Se despeça deles e vamos logo – Alec estava com pressa de me levar pra longe daqui. Deu pra perceber.
- Nada disso. Ela não sairá daqui de Forks.
- Quem irá me impedir? Vocês? Vocês não é páreo para mim.
- Nessa luta estão não só os vampiros. Se me permite dizer, a tribo de meu marido não são fraquinhos não – Nessie estava disposta a me impedir de ir com ele, independente de minha escolha.
- NÃO – Alice gritou – teremos visitas. Se Alec não levá-la logo, virão dispostos a acabar com o que faz Camily indecisa a segui-los.
Minha ficha está caindo. Eles são mesmo o que Nessie me disse. Pena que é tarde de mais.
- Vamos Alec. Não quero que sua família toque em um fio de cabelo deles. Ao contrário, farei questão de ser destruída também. Você quem escolhe – falei mais com um tom de ameaça do que de suplica.
- Com todo o prazer. Adeus pra quem fica. Espero que seja pra todos.
Alec me deu selinho um pouco demorado de mais, me colocou em suas costas e, corremos em direção de onde os restantes dos Volturi estão. E acabei dormindo. Como havia passado a madrugada toda acordada conversando com Nessie, estava muito cansada. Quando acordei já estava no avião.
- Boa noite meu anjo. Dormiu bem? – Um homem que nem conheço puxou papo comigo.
- Boa noite, eu estou bem. Desculpe-me, mas, quem é você?
- Eu me chamo Marcus. Eu mando tanto quanto Caius e Aro. Aro – Marcus chamou-o com voz muito baixa. Como Nessie me disse, eles não precisam de voz alta para ouvir de longa distância.
- Minha mais nova integrante da família, aproveitou seus últimos momentos de sono, como humana?
- Vocês irão me transformar?
- Mas é claro. Não quero correr o risco de te devorar e perde-la. A propósito, você só me serve como vampira, não como uma humana indefesa.
- E quem me transformará, e como?
- Alec se ofereceu. Ele não quer que você passe dor, então ele me sugeriu sedá-la e quando estiver em sono profundo, injetaremos o veneno em você e acordará uma de nós, oficializada.
- E quando ele fará isso?
- Chegaremos a casa, você irá se adequar com o espaço, lhe ditará as regras. E precisaremos estar muito bem satisfeitos, e de início você precisará de muitos humanos para matar toda a sede, que todo recém-nascido tem. Então precisamos encher a nossa reserva. Isso leva um tempinho.
- Tempinho, quanto?
- A sorte sua é que conseguimos um numero grande de humanos pra depois de amanhã. Nesse dia você estará por dentro de tudo e preparada.
- Ótimo.
- Ah! Não se preocupe com seus amigos de Forks. Não tocaremos neles, a seu pedido e de Alec. Quando estiver bem controlada de sua sede, eu prometo que você poderá visitá-los uma vez por ano. E, dependendo de sua obediência, poderemos negociar essa visita para mais vezes. Só depende de você.
Eu o abracei, sem me tocar realmente no que eu estava fazendo, agradeci quantas vezes achei necessário, e por todo o avião, dava saltos de alegria, entusiasmo, entre outras emoções.
Sentei no colo de Alec, comecei a beijá-lo e alguém pigarreou, mas eu nem dei bola. Sentei ao lado dele e adormeci novamente.
Acordo com alguém me colocando em algum lugar, que estava mais calmo, eu nem tinha forças de abrir os meus olhos e ver quem era e onde eu estava. Da pouca consciência que tinha naquele momento ouvi uma conversa, baixa, mas não o bastante que me impedisse de ouvir.
- Porque não no meu quarto?
- Por que vocês não irão viver como vida de casados. Será de mais para mim, vê-los melosos. Você sabe que isso não é a imagem que quero ver pra toda a eternidade. E por favor, guarde esses momentos só pra você.
- Sim Senhor.
- E outra. Se você matar toda a saudade que tem por ela, daqui algum tempo você estará saturado de vê-la em sua frente. E irá me pedir para que eu a mande pro inferno. E não quero perde-la. Não depois de tanto trabalho que vocês me deram de consegui-la. Você torna uma tarefa fácil em dor de cabeça. Inacreditável.
- Como quiser Senhor.
Acordei, e fiquei pensando, será que o que eu ouvi foi um sonho? Espero que sim. Levantei e vi que havia um guarda roupa ocupando toda uma parede do meu novo quarto. Abri as duas primeiras portas, capas e roupas pretas, outras duas portas, também, outras também, e foi nas duas últimas que me surpreendi. Todas as minhas roupas estavam ali. Todas as roupas mesmo. As de verão e de inverno. Mas como encontraram a minha casa?
- Posso entrar? – Aro pediu após bater na porta.
- Claro! Como encontraram a minha casa...
- Nós te rastreamos, na verdade eu e Alec. Você havia voltado do hospital quando fomos a sua casa. Pegamos todas as suas coisas, bom, acho que tudo, e, enquanto Alec estava esperando pra conversar com você, Fui para outra cidade para esperar vocês. Enganei a Alice, direitinho, não é?
- Acho que sim.
- Bom, vou deixá-la se arrumar. Eu recomendo esse vestido e essa capa. Só não demore muito.
- Eu não vou.
Aro desapareceu como um passe de mágica. Muito que magia fosse à cara deles. Ri com esse pensamento, enquanto me vestia. Pra mim, essas roupas pretas eram todas iguais. Sem graça alguma.
- Uau, você está linda.
- Obrigada.
- O que eu falar promete não ficar chateada comigo ou coisa do gênero?
- Eu prometo. Fala.
- Esse quarto e, essas roupas pretas ficaram intactas quando a Nessie foi embora daqui. Ela dormia nesse quarto e, usava essas roupas. Uma prova de que eu esperava ela voltar aqui e ficar definitivamente. E agora você está aqui e, espero de fique.
Deu-me uma pontada de ciúmes. Ainda bem que sou eu que estou aqui e não ela.
- Vamos? Não quero deixar Aro se enfurecer logo no primeiro dia.
- É melhor mesmo.
- Se arrumou tão rápido, minha querida.
- Eu falei que não ia demorar.
- Pois é. A Nessie disse-me aquele dia que...
- Por favor, não toque o nome dessa garota tão cedo. Ok?
- Claro. Achei que ela fosse a sua amiga – percebi a satisfação em seu rosto em me ver começando a “me sentir em casa”.
- Já que serei uma de vocês, serei de corpo e alma. Farei de tudo para alcançar a satisfação máxima de vocês. É isso que vocês querem, não é? Então é isso que terão.
- Esplêndido. Não poderia ser melhor em apenas primeiro dia. Vejo que seremos melhores amigos.
- Espero que sim. Quero total confiança de vocês. Será que terei?
- Se continuar assim, terá mais rápido que imaginamos.
- Assim espero!
- Vamos para as suas instruções?
Então me passaram todos os compromissos, o cotidiano deles e da cidade. O que devo e não devo fazer e as penalidades. Apresentou-me pelo infinito clã como a provisória serviçal e namorada de Alec. Em voz alta, disseram que eles deveriam me respeitar, pois eu era uma serviçal, por enquanto. E futuramente eu serei muito mais do que isso. Mas eu percebi que eles se comunicaram entre eles em voz muito baixa para meus ouvidos humanos.
Eu mostrei a eles interesse por tudo, e não deixava um largo sorriso desaparecer de meu rosto. Agora eu queria ser muito mais do que uma mera serviçal. O meu egoísmo estava mantendo vida em mim. Não sei o que eles fizeram comigo, mas devem estar satisfeitos com o trabalho.
- Vá dormir querida. Amanhã será um dia cheio – Alec estava me levando para o meu quarto.
- Claro. Vou sim.
- Durma bem.
- Obrigada!
Quando me deitei não me lembro de mais nada, devo ter pegado no sono rápido. Mas quando eu acordo, me assusto com gritos de muitas pessoas, de início achei que eles estivessem assistindo filme de terror. Mas me lembrei que eu estava num filme de terror, e que os gritos não são nada cinematográficos.
Levantei-me e dei uma arrumadinha no meu cabelo e lavei o meu rosto rápido e fui ver o que exatamente estava acontecendo. Bem o que pensei. Era a hora da refeição. Bem como Aro me falou, precisariam estar muito bem satisfeitos para hoje. Quando Alec terminou, ele me olhou com olhos furiosos, que me assustaram um pouco, e quando me avistou, tratou de suavizar a sua aparência de monstro.
- Acordou muito cedo. O dia nem clareou ainda. Algum problema?
- Eu acordei com os gritos. Eu voltarei a dormir.
Alec deu um beijo na minha testa e voltei pro meu quarto, deitei e o sono não voltava. Rolei-me de um lado me enrolei do outro e num canto do quarto vi uma porta, que não era para fora. Fiquei curiosa, me levantei e vi que era um banheiro. Então tratei de tomar um banho pra ver se eu conseguia pegar no sono de novo. Banho tomado, eu voltei na cama e nada de dormir. Cansei de ficar tentando e levantei de uma vez. Vi que o meu perfume favorito estava no guarda roupa e espirrei um pouco. Sai pra andar, me distrair.
Uma mão fria toca no meu ombro nu, me assustando.
- Está tão ansiosa assim pra virar um de nós? – Aro, com sua voz aveludada, me perguntou.
- Não sei. Não consigo dormir.
- Você quer tentar a transformação agora? – Abri um largo sorriso.
- Claro – agora sim vou entender o que Nessie me falou, de como ser uma vampira.
- Você quer ser uma vampira, não só pela curiosidade de ser, não é?
- Também. Se fosse só isso, qualquer vampiro poderia fazer esse trabalho.
- Qualquer um, não. Você sabe, se um vampiro começar a beber o sangue, é muito difícil de parar. Carlisle que poderia fazer esse trabalho, não iria fazer.
- É mesmo.
- Então venha. Vamos pra um quarto especial daí te damos um sedativo e quando acordar será uma de nós.
Me deitaram num colchão no chão, me deram um comprimido e não demorou muito para eu apagar. Comecei a sentir uma queimação. A queimação aumentou - aumentou e chegou ao ponto máximo e então aumentou até certo ponto que ultrapassava a tudo que eu já havia sentido. Eu senti a pulsação atrás do fogo em meu pescoço, e percebi que eu havia achado meu coração novamente, desejando nunca ter o encontrado. Desejando que a escuridão me abraçasse enquanto eu ainda tinha a chance. Eu queria erguer meus braços e arrancar meu coração de dentro do peito - qualquer coisa que causasse tal tortura. Mas eu não podia sentir meus braços, não podia mover nem um dedo sequer.
O fogo ficou mais quente e eu queria gritar. Implorar para alguém me matar agora, antes que eu vivesse mais um momento com essa dor. Mas eu não podia mover meus lábios. O peso ainda estava lá, me pressionando. Eu percebi que não era a escuridão me segurando; era o meu corpo. Tão pesado. Mantendo-me nas chamas que estavam mastigando o seu caminho para fora do meu coração, espalhando uma dor inacreditável em meus ombros e estomago, subindo queimando pela minha garganta, surrando o meu rosto. Por que eu não podia me mover? Por que eu não podia gritar? Isso não fazia parte das histórias.
Alec esperava que muitos analgésicos ajudariam a afastar a dor do veneno. Porque eu tinha morfina e veneno juntos nos meu sistema antes, e eu sabia a verdade. Eu conhecia que a dormência do medicamento era completamente irrelevante enquanto o veneno queimava através das minhas veias. Mas não tinha como eu mencionar esse fato. Nada que o fizesse mais relutante em me mudar.
E, por um tempo sem fim, isso era tudo. Somente a tortura inflamável, e meus gritos inaudíveis, implorando para a morte vir. Nada mais, nem mesmo tempo. Então isso foi infinito, sem começo nem fim. Um momento infinito de dor. A única mudança veio quando, de repente, impossivelmente, minha dor dobrou. A metade inferior do meu corpo, amortecida desde antes da morfina, repentinamente estava em fogo também. Alguma conexão quebrada havia sido curada - ligada pelos dedos ferventes da chama. A queimação sem fim se encolerizou. Minha audição ficava cada vez mais nítida, e eu conseguia contar a batida esmagada e frenética do meu coração para marcar o tempo.
Eu podia contar os suspiros superficiais que arfavam através dos meus dentes. Eu podia contar os suspiros baixos que vinham de algum lugar próximo a mim. Esses se moviam mais lentos, então me concentrei neles. Significam mais tempo passando. Mais até que o pêndulo de um relógio, aquela respiração me puxou daqueles segundos queimando até o final.
Eu continuava a ficar mais forte, meus pensamentos mais claros. Quando novos sons vinham, eu podia ouvi-los. O fogo saiu de minhas mãos, deixando-as felizmente sem dor e frias. Mas foi para o meu coração, que ardeu quente como o sol e começou a bater a uma velocidade furiosa. Alec entrou no quarto, com Jane ao seu lado. Seus passos eram tão distintos, eu podia até dizer que Alec estava na direita e um passo à frente de Jane.
- Escutem - Aro disse a eles.
O som mais alto no quarto era o do meu coração elétrico, batendo no ritmo do fogo.
- Ah - Alec disse - está quase acabando.
Meu alívio as suas palavras foi ofuscado pela dor excruciante no meu coração. Meus pulsos estavam livres, e meus tornozelos também. O fogo tinha sumido totalmente dali. O fogo reduziu, concentrando-se dentro do único órgão humano que restava, com uma explosão final, insuportável. A explosão foi respondida com uma pancada de som profundo e oco. Meu coração vacilou duas vezes, e então bateu calmamente só mais uma vez.
Não houve som algum. Nem respiração. Nem mesmo a minha.
Por um momento, a ausência da dor foi tudo que eu pude compreender.
E então eu abri meus olhos e observei acima de mim, assombrada.
Pude ver que todo mundo estavam do outro lado do tal quarto. Não havia reparado quando entrei que havia uma parede de vidro.
- Com sede? – Aro disse triunfante.
Minha bola ficou a salivar, enchendo de água. E a minha garganta começou a coçar.
- Muito.
- Vou mandar um por um. Ok?
- Sim, Senhor!
Um humano mal entrou no quarto e devorei-o. A humana nem teve tempo de gritar, e outro, e outro. Perdi as contas de quantos humanos eu bebi, sem ao menos elas gritarem. Não queria perder uma gota de sangue sequer. Senti que a coceira de minha garganta estava amenizada.
- Impressionante! Você devorou-os e não ouvi um gritinho se quer deles. E você, nem se sujou com o sangue.
Ouvi uma Salma de palmas e suspiros.
- E isso é bom?
- É surpreendente. Muitos recém nascidos nem se preocupam com isso, na verdade, só com o tempo aprendem a se comportarem.
- Mais um ponto positivo?
- Você está realmente conquistando a minha confiança.
Aro veio e me abraçou. Percebi que todos se entre olharam, sem entender, com a atitude dele comigo.
Alec não sabia se ficava alegre com o entusiasmo de Aro comigo ou ficava com raiva e ciúmes da rápida aproximação.
Olhei ao meu redor e todos saiam do local, satisfeitos no que viram do meu espetáculo.
- Estou muito orgulhosa de você, Camily – Alec não se cabia de felicidade. Também pelo fato de Aro não ter me rejeito nem um momento.
- Alec, eu não quero que me chame mais de Camily. Esse nome deve desaparecer da face da terra. Quero que me chame por outro nome. Italiano de preferência.
- Mas por quê? Seu nome é tão lindo!
- Então trate de encontrar outro nome mais lindo que esse. OUVIU?
Eu estava extremamente irritada. Parece mais que eu estava de TPM. Impossível.
- Claro. Pedirei sugestões de nomes. Vem, vamos ver qual nome te anima.
Muitos nomes estranhos me sugeriram, mas um em especial me chamou atenção.
- E então, gostou de algum desses, ou quer outros? – Alec estava paciente ao meu lado. Ele poderia ficar o dia todo andando por ai pesquisando mais nomes, mas eu já havia encontrado um que era perfeito.
- Giovanna. Giovanna é perfeita. Muito obrigada pela ajudinha.
- Sem problemas. É um prazer fazer qualquer coisa, sendo com você.
Fomos espalhando que o meu nome de agora em diante seria Giovanna, que foi apreciado por todos. Todos me diziam o que eu achava que o nome combinava comigo, que nenhum nome ficaria tão bem quanto Giovanna. O nome foi aprovado por unanimidade. Ninguém se enganava e me chamava pelo meu antigo nome. O novo nome pegou muito bem tanto quanto a nova vampira.
Não parecia que o apreço pelo meu nome era só para me agradar, do “futuramente será mais do que serviçal”. Eles se mostraram sinceros.
- Vou trocar de roupa. Enjoei-me desta. Já volto.
Dei um beijo em seu rosto e fui para meu quarto. Que agora estava cama, somente um sofá para os meus momentos de leitura e meditação. Peguei uma roupa qualquer e me troquei.
O tempo até que passou rápido. Com a mesma rotina, às vezes fica um pouco tedioso, mas só eu me concentrar em minha tarefa que os meus devaneios vão embora.
- Sabe que dia é hoje?
- Não, Alec. Não exatamente. Não ligo para o calendário.
- Hoje faz um ano que está aqui. Ou seja, um ano que é vampira.
- Sério? E você vai me levar para jantar em um restaurante chique em comemoração? – rimos.
- Não em um restaurante – a sua risada me enfeitiçava – mas infelizmente eu terei que ficar de guardião na entrada, essa semana. Desculpe.
- Tudo bem, nós temos a eternidade pra comemorar. Talvez comemoremos um século juntos. É muito mais interessante.
- Talvez sim. Vou indo.
Ta sendo melhor que eu pensava estar aqui. Apesar de tudo, estou conseguindo cada vez mais respeito e nem me questionam. Pelo que vejo, tenho um futuro brilhante aqui. Enfim sou notada, e com a ambição que tenho cada vez mais, quero conseguir o topo do poder. Quero mandar tanto quanto Aro, Caius e Marcus.
- Isso não seria uma má ideia. Acho que precisamos mesmo de uma nova aliada a nossa altura – Aro deu um positivo na minha intenção.
- Obrigada, senhor.
- Giovanna. Preciso de um favor seu. Preciso de uma reunião com Alec, você pode ficar um tempo no lugar dele?
- Claro Senhor! Sem problemas.
- Alec, Aro precisa de você, e me pediu para que eu ficasse aqui até você voltar.
- Tudo bem.
Em alguns meses, ninguém entra e ninguém sai sem ser controlado. Em um momento ouvi um tumulto lá dentro e me concentrei em ouvir do que se trata.
- Aro, eu vi dois dos Cullen lá fora. Você terá uma visitinha surpresa.
- Já não era tempo. Você está suspenso por horas Demetri. Alec faça como combinamos. Apague da minha memória a Camily, e coloque a nossa história. Preciso ser bem convincente.
- Sim Senhor. Nosso plano dará certo.
Tive que voltar a minha atenção ao trabalho. Tinha gente chegando.
- Nome? – para os visitantes entrarem, deve estar seus nomes contidos na lista. Ao contrário, não entra. Para melhor controle.
- Como assim? Eu não...
- É para controle senhor. Se seu nome não estiver aqui na lista, não poderá entrar. Senão serei castigada.
- Pode deixar. Giovanna. Esses são nossos convidados que adoram fazer surpresa. Deixe-os entrar.
- Desculpe. Claro.
- O que você fez com a Camily? Ela... Você está brincando!
- Eu queria que fosse. Caro Edward. Mas não é. As nossas tentativas de transformá-la e não deixá-la passar dor como Alec queria, não deu muito certo.
- Isso não é verdade. Ela está bem ali.
- Quem? A Giovanna? Não é. Ela eu trouxe só pra consolo pra Alec. Ele disse que Giovanna lembra muito a Camily, eu achei tanto faz.
- O quê? Só por ela ter bebido o concentrado do veneno que seria injetado?
- O veneno não deu muito certo. E já que eu estava com sede... Desculpe. Pena que você tenha chegado muito atrasado para o seu enterro.
- Você está mentindo!
- E eu posso mentir diante do sotaque forte de italiana que ela tem? Ela é uma órfã. Não será procurada e tão pouco reconhecida. Não tinha ninguém por ela.
- Alice não viu a sua morte.
- Porque não foi planejada. Só queríamos transformá-la. Mas não foi o que aconteceu.
- Mas você não acha estranho ter uma garota exatamente igual à Camily?
- Coincidências existem.
Quando Edward deu as costas, Alec gesticulou o nosso código. Que eu deveria usar o meu dom para afastá-lo daqui. Concentrei-me e alguns minutos depois Edward estava saindo prometendo voltar para descobrir o que realmente havia acontecido. Esse Edward me olhou se concentrando em alguma coisa. Quando ele já havia passado por mim me lembrai da parte “ela eu trouxe só pra consolo pra Alec”. Consolo? Não sou mais do que um consolo para ele? Ele diz que me ama, mas não é verdade? Ou ele ama por eu parecer com essa garota? Se eu fosse humana estaria transbordando em choro e me entupindo de chocolate. Pedirei satisfação ao Alec. Não acredito que fui enganada dessa forma.
- Giovanna, Deve esquecer a sua vida humana. Ficar lamentando não adianta de nada.
- Mas pedir satisfação e ficar com ódio, para mim adianta. Peço licença para ir.
- Licença concedida.
Corri o mais rápido que eu pude, com a raiva que eu estava, peguei Alec pelo pescoço. Qualquer humano morreria em segundos.
- Então quer dizer que eu sou apenas um consolo?
- Como assim, Giovanna?
- O seu amorzinho morreu numa tentativa frustrada de transformá-la e eu, por ser muito parecida com ela, servi para você não querer a sua destruição?
- Não é isso – e foi colocar os seus dedos em mim.
- Não me encosta, fará me esquecer disso, não é?
- Não preciso te tocar. Em alguns minutos você lembrará a verdade.
Aos poucos fui me lembrando e, quando me recordei de tudo. O que eu fui fazer? Brigar com Alec.
- Me desculpe Alec, eu...
- Não se preocupe, eu entendo. Não fiquei nem um pouquinho chateado com você.
- Mas eu fiquei...
- Já passou.
- Por que é que Edward veio fazer aqui? Queriam me levar? Eu vim por que eu quis.
- A Nessie também veio por que quis, mas também foi por que quis.
- Eles acham que não vejo a hora de me salvarem?
- É o que eles esperam de você. E você quer?
- De jeito algum. Se eu for, será somente como visitante, e com você.
- Essa é a minha garota!
- Mas para eles verem que eu to feliz, que tal irmos dar uma visitinha surpresa?
- Mas eles irão desconfiar mais ainda.
- Mas afinal, por que é que vocês criaram essa história?
- Motivos de Aro. Não me pergunta que eu não sei.