7 de mai. de 2011

PARTE III

- O QUE VOCÊS QUEREM COMIGO?
- Você de volta pra casa! – A garota falou convicta.
- Vocês estão loucos. Meus pais acham que eu fui morta e, decapitada em algum lugar do mundo. Eu amo muito eles para matá-los.
- E quem são seus pais? – o cara me perguntou. Parece que ele já sabia da minha resposta antes mesmo de eu falar.
- Não me lembro deles.
- E como tem tanta certeza que os ama? – esse cara definitivamente tem uma piada interior que não para de rir.
- Definitivamente eu não estou aqui porque quero – nessa hora me lembrei de quando Aro disse a ele da última vez que ele veio aqui “ela é só um consolo para Alec”. Meu sangue ferveu logo me lembrei dum outro momento
“-O seu amorzinho morreu numa tentativa frustrada de transformá-la e eu, por ser muito parecida com ela, servi para você não querer a sua destruição?
- Não é isso – e foi colocar os seus dedos em mim.
- Não me encosta, fará me esquecer disso, não é?
- Não preciso te tocar. Em alguns minutos você lembrará a verdade.
Aos poucos fui me lembrando e, quando me recordei de tudo. O que eu fui fazer? Brigar com Alec”
Mas o que eu havia lembrado? Diacho de memória fraca.
- Minha querida, Alec que apagou a sua memória – olhei para o cara, assustada. Deve ser coincidência. O que que esse cara não para de rir? Olhei para ele e fiz uma pergunta olhando pro vazio, deve ser loucura, minha, mas vampiros tem dons uns mais loucos que outros: Você por acaso lê mentes?
- Sim – me respondeu em seguida da minha pergunta, me olhando bem fundo em meus olhos – e você já sabe disso. É só pedir para o Alec voltar com a sua memória que a sua loucura passará logo.
- Eu hein! Não vou deixar de acreditar no Alec para acreditar em um desconhecido.
- Mas quando você estava brigando com Alec, e você lembrou de algo, o que seria essa lembrança?
- Não tenho a mínima idéia!
- Pois então, vá até Alec e peça-o para fazê-la lembrar.
- Outra hora. Só depois que vocês se retirarem.
- Ah! Mas essa é a intenção. De você saber do porque que estou aqui com a Nessie.
- NADA DISSO! FAVOR SE RETIRAREM.
A garota pegou o seu celular e me mostrou no visor uma foto de nós duas juntas, outras com mais uma galera, todas elas aparecem eu sorrindo. Mostrou-me também vídeos de aniversários e uma carta minha a minha mãe:
“Cheguei querida mãezinha. Como você não estava em casa, fui tomar banho e dormir. Mas não hesite em me acordar. Estou morrendo de saudade da senhora! TE AMO. Ca”
Realmente, aquela não era a minha letra. Era um garrancho. Peguei uma folha qualquer, nem vi o que tinha no verso, e escrevi:
“Essas suas ‘provinhas’ não passam de uma mera montagem. Eu faço melhor com esses programas de computador. Não torra a minha paciência gratuitamente!”
E entreguei a ela.
- Queira saber que quando nos é transformado, muda tudo e principalmente a caligrafia. Existe algum humano com uma caligrafia igual a minha? – ele pegou a minha carta e logo em baixo da minha mensagem, ele copiou, a sua letra só podia ser dos deuses. Era perfeita. Mas é claro que ele riu com a minha conclusão.
- Veja – e me entregou o bilhete. Reparei em cada detalhe, Comparei com a minha e sem dúvida é impossível um humano ter essa letra:
“Essas suas ‘provinhas’ não passam de uma mera montagem. Eu faço melhor com esses programas de computador. Não torra a minha paciência gratuitamente!”
Amassei o papel e joguei nele. Minha fúria estava incontrolável.
- SAIAM DAQUI, SAIAM. ALEC, ARO, DEMETRI, JANE SEILÁ QUEM, MAS TIREM ESSES DOIS DAQUIIIIII!
Gritei em excesso. Não precisava fazer tudo isso, mas estava com muita raiva e urgência, desses dois desaparecessem da minha vista.
- E nunca mais voltem aqui, se voltarem, rezem para que eu não saiba para a sorte de vocês dois.
Eles se retiraram contra as suas vontades e fechei a minha porta e me afundei na minha cama que estava lá só por enfeite. Após muito tempo Alec veio batendo na minha porta me garantindo que eles já foram embora. Abri a porta e fui logo abraçá-lo.
- Te amo Alec. Você é a minha vida! – e lhe dei um beijo.
- Você não tem a noção que me deixou muito aflito, trancada nesse quarto. Eu esperava mais uns murros em cima de mim do que essa declaração linda.
- E você, vai brigar comigo por ter dado várias mancadas?
- Confesso que na hora não me faltou vontade – e ele me deu um sorriso de orelha a orelha - e mesmo que eu tivesse essa intenção agora pouco, já não estaria mais – e me retornou com um beijo.
- E Aro? Vi que ele tava uma fera comigo.
- Ele eu não posso garantir nada. Ele engana totalmente a gente. E foi por isso também que vi até aqui, ele quer conversar com você.
- Vem comigo? Com você me sinto segura.
- Claro, mas... Bom, tudo bem!
Fomos até o salão onde os meus convidados inesperados estavam. Pensei comigo mesma a não me esquecer de perguntar a ele do porque da criação de Giovanna. Aro levantou-se de seu trono e veio em minha direção com um sorriso inexplicável. Pegou as minhas mãos e ficou pensativo por um momento. Tempo suficiente para ler a minha vida inteira!
- Claro que te respondo! Era fazer um teste.
- Teste? Com quem? Como assim?
- Ora, com vocês dois. Com você para ver se os seus sentimentos seriam mais fortes que a falta de memória. E sinto dizer que você foi reprovada. E com Alec, para saber a que ponto o dom dele atingia em você, e o que poderá atingir conosco.
- Fui reprovada? E qual serão seus procedimentos quanto a mim?
- Nenhum.
- Nada? Como assim?
- A minha finalidade era apenas teste, não para castigar esse ou aquele. Fique tranqüila, não farei nada contra vocês.
- Obrigada senhor. E se me permite formular uma questão.
- Prossiga.
- Em qual momento eu reprovei?
- No momento que Edward deu um riso debochante – ficou pensativo - outros momentos também, mas esse foi o cúmulo.
- Com sua licença, senhor.