6 de ago. de 2010

CAPÍTULO 5

5.SONHO OU REALIDADE?
CAMILY...

Quando acordei, tive em mente um sonho, dessa noite provavelmente. Sonhei com três homens bonitos, mas ao mesmo tempo me davam medo. Eles estavam sorrindo, me olhando de cima, um veio em minha direção e ofereceu uma mão, para eu me levantar. Eu aceitei e quando dei por mim todos estavam em minha volta. Aqueles olhos vermelhos me assustaram me intrigavam. Esse que me ajudou a levantar estava com um sorriso de orelha a orelha, chamou Alec. Alec veio, e disse algo em meu ouvido, e nessa hora me acordei.
Percebi também que eu estava suando. Levantei e fui tomar banho, tentando esquecer o sonho. Não queria desvendá-lo. Saí do banho e Liza, ainda sonolenta me perguntou por que eu havia acordado tão cedo. Eram sete horas da manhã.
- Eu tive um sonho estranho e acordei suada. Não ia conseguir voltar a dormir de qualquer jeito então levantei e fui tomar banho. Desculpe se te acordei ou assustei.
- Não foi nada. Eu tenho sono leve. Eu posso te fazer companhia? – Liza bocejou. Ela deve estar morrendo de sono.
- Não precisa querida. Pode voltar a dormir. Vou ler um pouco, ler me distrai. De repente eu volte dormir mais um pouco.
- Então tá. Se precisar de alguma coisa pode me chamar, tá bem?
- Pode deixar. Agora vá dormir – levei-a na cama e não deu muito tempo ela já pegou no sono.
Ainda bem que trouxe um livro. Continuei a ler “O Último Jantar” de Antônio Carlos e Vera Lúcia. Queria saber quem havia matado Lia, estava numa curiosidade só. Mary, uma escritora de livros policiais, era acusada por ser a inspiradora pelo crime. Uma história que instiga a imaginação e a curiosidade do leitor.
Eu estava tão imersa na história que não havia percebido que todos já estavam de pé e quase pronto pra sair. Renée havia me chamado várias vezes, como ela me disse. Corri me arrumar, e logo saímos.
Saímos pra conhecer Florença. Uma cidade linda. Eu desejei morar aqui com a mamãe. Mamãe... Nossa ela deve estar preocupada. Liguei pra casa ninguém atendia e no celular dela estava desligado. Estranho, ela nunca deixava o celular desligado, e muito menos se esquecia de carregar.
- Aconteceu alguma coisa? Parece que você está preocupada. – Phil percebeu que eu estava agitada.
- Não consigo falar com a minha mãe. Ninguém atende no fixo e o celular dela tá desligado. Isso não é normal.
- Bom. Querida, o que se pode fazer estando quase do outro lado do mundo? – olhei-o questionando – aproveitar a viagem. Quando voltar, você conversa com ela perguntando sobre isso. Agora vamos. Não queremos nos perder não é?
- Com certeza não – tentei me descontrair. Que não foi muito fácil.
Eu não parava de pensar no sonho que tive, agora queria tentar entender. Se não pensava no sonho, eu pensava em Alec. Pedi emprestado o MP3 de Joe e coloquei os fones no ouvido, liguei-o e apertei no play. Tentei me concentrar na letra da música, não para aprender a cantá-la, mas pra esquecer-se desses pensamentos. Voltamos ao Hotel para almoçar. Prestava atenção em minha volta. Tinha que ter muitas coisas pra contar pra mamãe. Mamãe. O que estaria fazendo agora. E no que estávamos terminando, Joe recebeu uma ligação de Nessie. Não dei muita atenção à conversa, voltei nas músicas do MP3.
Quando voltamos ao nosso passeio, fomos comprar alguns perfumes. Fui andando nas bancas, quando me esbarrei em alguém.
- Perdão. Eu não vi você – me esqueci que eles talvez não me entendessem.
- Não foi nada senhorita – ele sorriu. O sorriso que estava com tanta saudade.
- Alec. Não acredito que você está aqui – voei, literalmente, em seus braços. Abracei-o. Um abraço apertado e demorado. Mas de repente me deu um arrepio e percebi que, não somente o seu toque, mas todo o seu corpo estava frio. Desvencilhei-me dele rapidamente.
- Algum problema? – como era possível ele estar mais lindo?
- Sim. Não consigo conversar com a minha mãe e, seu corpo, é frio? – ele se virou. Olhando reto.
- Talvez tenha algum problema nas linhas telefônicas. Não se preocupe. Ela deve estar bem – ele olhou fundo em meus olhos. Seus olhos eram de um vermelho rubi, cativantes. Ao invés de estar assustada eu estava intrigada.
- Você usa lentes de contato? E por quê?
- Uso sim. Mania de nossa família – ele estava aliviado com alguma coisa.
- E eu... – tolice minha pedir pra conhecer a família dele. Um cara assim deve ter compromisso.
- Você? O que quer saber? – Eu não posso pedir isso.
- Besteira. Esquece – quando voltei a olhar em seus olhos, lembrei do sonho. Os três homens também com os olhos vermelhos. Será que é a família dele?
- Fala. Deixou-me curioso! – mesmo que eu quisesse, não poderia resistir ao seu pedido.
- Eu posso conhecer sua família? Eu sei que é uma tolice. Por isso que eu desisti de te pedir.
- Não é tolice. Seria uma ótima ideia. Eu precisaria pedi-los primeiro, mas é provável que você possa.
- Não, deixe...
- Eu já volto pra te buscar. Ele tocou em minha bochecha e deu as costas.
Quando comprei uns brincos, pulseiras, maquiagens pra minha mãe e para mim, fomos a um atelier e vimos vestidos mais lindos que outro. Compramos algumas peças de roupas lá pra voltar a Forks. Demos volta em algumas lojas da cidade.
- Vamos lanchar? – Renée foi entrando em uma lanchonete.
Peguei um refrigerante e uma sanduiche. Não estava com tanta fome. Fui pra fora. Lembrei-me da conversa que tive agora pouco com Alec. Como pude esquecer.
- Oi – Alec me assustou com o seu toque.
- Você não morre tão cedo. Estava pensando em você agora mesmo – Alec deu risada. Risada que nunca mais vou esquecer.
- Tenho uma notícia boa. Quer conhecer minha família agora ou mais tarde? – ele não deve estar falando sério.
- Eu não falei sério...
- Vamos? Eles ficaram curiosos em te conhecer – como posso dizer não com essa carinha pidonha?
- Só me deixe avisá-los para eles não ficarem preocupados – quando fui me levantar Alec me segurou. Ele me olhou nos olhos. Seu hálito era enlouquecedor. Senti uma imensa vontade em beijá-lo.
Sem eu notar, ele encostou a sua testa nos meus e seus lábios foram alcançando os meus aos poucos e, em um beijo me esqueci de tudo, quem sou, onde estava. Seus lábios frios e marmóreos com muita delicadeza nos meus.
Nenhuma de nós estava preparado para a minha reação.
O sangue ferveu sob minha pele, ardendo em seus lábios. Minha respiração assumiu um ofegar louco. Meus dedos se trançaram em seu cabelo puxando-o para mim. Meus lábios se separaram enquanto eu respirava seu cheiro inebriante.
Suas mãos empurraram meu rosto para trás delicadamente, mas com uma força irresistível. Abri os olhos e vi sua expressão de cautela.
- Desculpe. Não sei o que deu em mim – ele disse com o ar preocupado. Eu Demorei pra me recompor. Por alguns instantes, não me lembrava quem eu era e onde estava.
- Não se preocupe – sorri. Toquei em seu rosto, ele fechou os olhos inspirando o meu pulso – Liza. Não vi você aqui – ela estava sorrindo. Alec se levantou rapidamente, E num piscar de olhos ele não estava mais por perto.
Será que o beijo era um sonho meu. Eu estava sonhando acordada? Mas o seu toque frio, eu posso sentir. Liza voltou pra dentro, ainda sorrindo. Quando olhei pra frente, Alec já estava ao meu lado.
- Como... – Alec me tomou em seus braços de mármore e só pude ver vulto em minha volta. Olhei pro chão e mal conseguia vê-lo. Só sabia que estávamos indo muito rápido porque eu sentia o vento em meu rosto. Mas como assim?
Encostei a minha cabeça em seu ombro e fechei os olhos. Eu estava prestes a ficar louca. Só queria prolongar aquele momento. Alec me colocou no chão.
- Pode abrir os olhos – quando abri percebi que eu estava tonta.
Olhei pra frente e estava diante de uma porta enorme. Seria impossível abrir aquilo. Mas quando achei que tinha visto tudo por hoje, uma garota a abriu sem dificuldade alguma. Fui entrando e vi três cadeiras do outro lado do pátio. Parece ser mais uma arena. Tinha arquibancada, que por sinal, não estava vazia.
Senti uma dor de repente. Não sabia por quê. E a dor aumentara, até que numa única palma, a dor cessou-se imediatamente. Eu estava no chão, com dificuldade em respirar, vi os três sorrindo, me olhando de cima, um veio em minha direção e ofereceu uma mão, para eu me levantar. Eu aceitei e quando dei por mim todos estavam em minha volta. Aqueles olhos vermelhos me assustaram me intrigavam. Esse que me ajudou a levantar estava com um sorriso de orelha a orelha, chamou Alec.
Era a mesma cena do meu sonho. Exatamente a mesma cena. Sem tirar nem por.
- Prazer em conhecê-la, Camily. Eu sou Aro, esses são Caius e Marcus – Aro falou indicando-os.
- Prazer – disse. Aro ainda estava segurando a minha mão direita.
- Você esta assustada, em pânico... – um dos caras me perguntou. Eu não saberia responder quem era.
- E porque eu estaria. É muito bom conhecer a família de Alec – procurei por ele, mas não o encontrei.
- Alec já volta – outro cara me comunicou.
- Será que devo falar a Camily? Seria muito bom...
Os três ficaram alguns instantes em silêncio. O que eles pretendiam me dizer?
- É, tem razão – não ouvi-lo conversarem nada!
- Minha cara, você acredita na lenda de Volterra? E de Forks?
- Eu? Claro que não. Não existe e nunca existiram vampiros. E muito menos lobisomens. Você não acha?
- Eu não acho. Ninguém aqui acha – Aro disse entre risos – existem vampiros sim. Nossa família são vampiros. Se eu te provar promete que não conta pra ninguém?
Eu ri alto. Vampiros? Existem também bruxas, saci pererê, alienígenas.
- Se existe bruxas, saci pererê, alienígenas eu não sei. Não vi nenhum deles por enquanto. Nesses últimos dois mil anos – como Aro sabia que eu estava pensando isso? – ora minha cara, é muito fácil responder sua pergunta. Eu sei por que sou um vampiro.
- Impossível – espera lá. Ele falou a mais de dois mil anos?
- Sim. Mais de dois mil anos. Vampiros não envelhecem, por isso não morrem. Bom não tão facilmente.
- Prove se você conseguir! – essa eu queria ver.
- Com todo o prazer. Já percebeu que nossos olhos são vermelhos. E não são lentes – eles abriu mais os olhos e deu pra perceber que não havia nada – somos brancos e pálidos. Quando Alec te trouxe, em uma velocidade incomparável, Heidi abriu aquela porta pesada sem nenhuma dificuldade, você esqueceu por alguns minutos a conversa que teve com Alec hoje, até o próximo encontro... Quer mais evidências?
É. Nada tinha cabimento. Será realmente?
- E você ainda duvida?
- Só existem vocês de vampiros?
- Não. Os Cullen, por exemplo, são vampiros – comparei essas características com a família de Nessie. Mas os olhos não se encaixavam...
- Boa. Os olhos. Os Cullen têm uma alimentação diferenciada de nós. Eles bebem sangue de animais. Por isso é dourado.
- E o que vocês se... Alimentam que ficam com os olhos vermelhos – perguntei e logo em seguida me arrependi. Humanos.
- Correto. Mas não se preocupe, já estamos saciados por hoje.
- E então, o que querem de mim?
- Como assim? Não era você que queria nos conhecer – Aro disse ironicamente.
- Sim, mas, por que me contou sobre...
- A nossa espécie? Ora tenho uma proposta a fazer a você.
- Que proposta?
- E se você aceitar poderá entrar pra nossa família e poderá viver perto de Alec – Olhei Alec. Ele estava longe. Mas ele me olhou assustado. Como se tivesse escutado o que Aro havia me dito. Alec estava ao meu lado, agora com um sorriso. Abraçou-me, mas logo correu para a arquibancada.
- Desculpe-o. Mesmo saciados, ainda é difícil... – percebi que meus olhos estavam inundados. Percebi que eu estava com medo... – o que houve? Não vamos machucá-la. Eu te dou a minha palavra. Não permitirei que a machuque.
- Eu não estou com medo disso.
- Não? Então do que?
- De perdê-lo – olhei para Alec na arquibancada que num instante estava ao meu lado. Ele me abraçou e, minhas lágrimas aumentaram e se derramaram em meu rosto. Alec as enxugou com seus dedos frios. Arrepiei-me com seu toque. Ele riu – farei qualquer coisa pra ficar com ele – falei sem tirar os meus olhos dos de Alec.
- O que quero não é difícil. Seu dom é magnífico, por isso quero que você trabalhe conosco. Mas, será perpétuo, ou seja, você não poderá desvincular de nossa família de jeito algum. E se usar o seu dom contra nós terá um castigo – Aro olhou para uma garota e, de volta a dor. Gritei por Alec e ele estava ao meu lado, me abraçando. A dor então parou. Aro riu. Alec me ajudou a levantar
- Eu sei como é dolorido o dom de Jane.
- Dom? Jane? Quem é Jane – eu estava com a voz autoritária. Estava com ciúmes.
- Dom, todos os vampiros tem, e o seu Aro está cobiçando. E Jane tem o dom de fazer quem ela quiser sentir dor, sem ao menos tocar na pessoa – o que queria saber na verdade ele não fala. Ele está me enrolando?
- Quem é Jane? – não queria conhecê-la. Estava mais pedindo satisfação.
- É aquela garota ali ao lado de Caius. Ela é minha irmã – Jane nos olhou e no mesmo instante estava conosco.
- Prazer Camily. Será um prazer também tê-la nos servindo. Não pense que é fácil, que é moleza. Pois não é. Terá que servir quem a pedir, sem contrariar nem reclamar.
- Estou disposta. Acredite – lembrei da família de Nessie – Eu posso ao menos ir pra casa pra me despedir de minha mãe? Renée e os outros devem estar preocupados...
- Poderá sim – Aro me respondeu – já que você prometeu Servidão pra sempre. Quando estiver preparada iremos buscá-la. Agora você não poderá mais se arrepender entendeu?
- Eu tenho o porquê para me arrepender?
- Espero que não! Agora vá meu anjo. Alec levará onde estão seus amigos. Iremos te buscar em alguns dias. Não adianta você fugir, rastrearemos onde você estiver – Aro pegou minha mão e a beijou.
- Até – falei, com um sorriso de orelha a orelha.
Alec me pegou e fiz a mesma coisa quando ele estava me trazendo. Fechei os olhos e encostei-me a seu ombro. Seu perfume era excitante. Ele me beijou e me soltou. Abri os olhos. Encontrei o pessoal mais pra frente. Corri para não me perder.
- Não acredito. Já está noite. Não falem que amanha de manhã voltaremos pra Forks – Renée disse em pesar.
- Eu também me custo esquecer isso – Joe falou.
- Não sei vocês, mas eu estou morta. Não vejo à hora de cair na cama e dormir – eu estava num bagaço.
- Eu não estou cansada – Liza disse. Pela sua fisionomia parecia que não estava mesmo.
- Ela não é acostumada a viagens. E muito menos longa – Joe disse a Liza.
Voltamos para o hotel, tomei banho e corri pra cama. Quando estava quase num sono profundo, senti algo frio em meus lábios. Sorri.
Hoje fui a última a acordar. E foi preciso que me acordassem. Arrumamos nossas coisas. Deixei a minha bolsa aberta e fui ao banheiro pegar minha escova de dente e, quando voltei ao quarto, tinha um bilhete. Estranhei. Abri-o e li atenciosamente.
“Em um mês nos veremos novamente. E aí ficaremos juntos para sempre. É normal que você não se lembre sobre. Mas em menos de quarenta e oito horas você irá lembrar. Eu te amo.”
Não poderia ser pegadinha de Joe ou de Liza. Essa letra era muito perfeita e suave. Nem marcava e verso da folha. Guardei-o. Como diz o bilhete, me lembrarei em menos de quarenta e oito horas.
- Está pronta Camily? – Renée me perguntou.
- Sim estou.
- Então vamos? – olhei pela ultima vez o quarto e o hotel.
Bem que Alec podia estar aqui pra me despedir. Mas eu não vi mais ele depois daquele dia. Olhei para o céu sem ao menos olhá-la. Uma lágrima caiu em meu rosto. Abaixei a cabeça e a sequei. “Eu te amo Alec. Foi bom ter te conhecido” eu falei num tom baixo. Não tinha ninguém por perto pra dizer que eu era louca ou algo do gênero.
Então embarcamos no avião e a tortura começou tudo de novo. Como eu não havia dormido tudo no hotel. Fiz questão em pegar no sono. Afinal, saímos do hotel e ainda estava escuro. Só quando o avião ganhou ar que começou clarear o dia.

5 de ago. de 2010

CAPÍTULO 4

4.MAIS COMPLICAÇÕES
RENESMEE...

Como será que está sendo a viagem do pessoal á Itália! – pensou Esme.
- Quando Renée me ligou á algumas horas, ela disse que estava indo tudo bem. – Mamãe disse, reconfortando Esme.
- Ligue pra alguém, Nessie! – Esme pediu.
- Vou ligar pra Camily então – falai pegando o meu smart – queria saber se ela gostou do presente. – eu mesma queria entregar o presente á ela, mas como eles estavam apurados, então mandei pela Liza.
- Oi Camily.
- Oi Nessie. Você não morre tão cedo? – sua voz demonstrou empolgação
- Como assim? Estavam falando de mim? Pode me contar.
- Adivinha com quem acabo de conversar? – meu pai agora ficou atento em nossa conversa – Nessie, você está ai?
- Estou sim. Eu conheço essa pessoa? – só de olhar o meu pai já fiquei nervosa.
- Ele disse que conhece você e sua família, quer dizer, os Cullen. Até o Joe o reconheceu... – ele?
- Ele? Quem é esse cara? – não. Não pode ser.
- Ah! Não seja estraga prazeres, pelo menos tente adivinhar! – pela sua brincadeira, pelo jeito ela não percebeu o meu nervosismo.
- Pode me dar uma dica? –
- Começa com a letra... A. – Aro foi o primeiro nome que passou pela cabeça do papai e ele sussurrou seu nome. Já eu, pensei em Alec.
- Aro? – fala que não. Fala que não. Eu torci.
- Errado. – ufa! - Segunda chance. – será Alec?
- Alec? – injetei logo.
- E... Exata! – isso é bom e ruim ao mesmo tempo. Bom porque não preciso ficar com a consciência pesada com a destruição dele. Ruim porque ele deve estar sofrendo muito - Ele mesmo! – ela suspirou. Ela suspirou? Olhei para Edward em choque. Ela estaria se... Não. Não pode ser. Ela estaria se apaixonando? Por ele? Justamente ele?
- E sobre o que vocês conversaram? – Agora eu estava mais tranqüila. Graças ao dom de Jasper.
- Ah! De tudo um pouco. Quando chegarmos ai, te conto os detalhes. – ela disse ansiosa.
- Está bem. Então está tudo bem?
- Mais perfeito impossível. Obrigada!
- Ok. Por nada. Vou ligar pro Joe então. Tchau
- Será possível pai?
- Infelizmente filha. Mas não fique se culpando, ninguém podia imaginar isso! Alice não teve uma visão sobre isso porque não conhece o bastante a Camily. – lembrei que eu não havia perguntado da câmera.
- Será que ela gostou da câmera?
- Quem não gostaria? – foi quando me lembrei do almoço de Jacob
- É filha, corra.
Corri o mais depressa que podia.
- Já não era tem tempo. Esqueceu que tem um marido? E com fome?
- Como posso esquecer? Desculpe a demora. Estava conversando com a Camily.
- E como foi?
- como diz ela: “mais perfeito, impossível” – não ia contar sobre ela e Alec. Não agora
Fiz empada pro almoço de Jacob. Acho que vou ir à casa de Andie. Há tempo que não converso com Charlotte com calma. Mas não antes de ligar pro Joe.
- Oi mãe que saudade!
- Oi filho também estou com saudade. Como vai ai? Está tudo bem?
- Está ótimo mãe. Tenho um monte de coisa pra te contar. Você não tem idéia.
- Em falar em história. Que história é essa da Camily ter conversado com Alec?
- Ai mãe desculpa. Nós nos perdemos e quando a encontramos, estava conversando com ele.
- Hum... Bom vocês me contam essa história direitinho quando voltarem. – lembrei de perguntar do meu presente á Camily. – E Camily gostou da câmera?
- Se não. Ela adorou. E tem uma coisa também. Ela tirou foto de Alec, sem ele perceber, quer dizer, escondida dele.
- O que? Não acredito.
- Eu vi quando ela foi jantar e estava passando as fotos no pendrive. E foi agora mesmo. Ela até tirou o pendrive e a câmera do computador bruscamente. E agora ela foi pra cozinha. Mãe eu acho que ela...
- Está apaixonada. É também percebi isso. Percebi quando ela, ao falar dele, suspirou.
- I mãe. Então é sério mesmo... Peraí, ela ta vindo. Olha mãe, por mim eu ficava mais tempo. – ele disfarçou.
- Então tá. Vou deixar vocês descansarem. Ah, não a irrite, ela tem problemas demais em casa, eu queria que essa viagem fosse pra ela esquecer um pouco dos problemas.
- Mas não criando outras né?
- pois é!
- Pode deixar mãe. Fique tranqüila. Amo-te mãe.
Então peguei o Classic e fui á Andie.
- Oi Nessie, entre. Já chamo a Andie – Seth atendeu a porta – já volto
Não demorou muito Andie estava vindo, com Charlotte e Seth.
- Seth você não deveria estar com o bando? – perguntei
- É deveria. Mas queria ficar mais tempo com a família. Você também pode reivindicar seus direitos de esposa, Nessie. – Seth disse, abraçando sua filha.
- É isso que dá casar com um lobo – Andie brincou. Seth teve que contar a ela. Já que depois do vovô ter falecido, minha família voltou pra Forks. Então a febre continuou.
Tivemos que contar o motivo da febre, então ela sabe também de nós, vampiros.
- Bom, já vou indo. Vou deixar as madames conversarem em paz. Seth beijou Andie e sua filha e correu.
- Como que você está? – com certeza já percebeu que eu estava um pouco abatida.
- Estou bem. Só um pouco preocupada
- Preocupada com a viagem?
- Eu liguei pra Camily, pra saber da viagem...
- Não se preocupe Nessie. O que podia acontecer?
- O que podia acontecer não. O que aconteceu.
- Como assim?
- Camily t se apaixonado por um italiano – a preocupação é que esse cara é um dos Volturi.
- Mas que bom! Mas... Qual o problema?
- Porque é um amor proibido. Minha família e eu o conhecemos e sua família. Eu sei que não será possível ela ter um amor recíproco. E viver esse amor. – Eu estava angustiada. Podia ser qualquer um. Menos um vampiro. Menos sendo Volturi.
- E como você percebeu esse amor dela?
- Percebi quando ela falava entusiasmada dele e, em uma hora ela, suspirou. Com certeza ficou entusiasmada por saber que os conhecemos e com certeza achou que ele é de confiança.
- E ele não é?
- Ele e sua família não são.
- E agora. Ela irá fazer de tudo para tê-lo.
- Esse é o problema. Mesmo que o conquiste, não poderá tê-lo. E se tê-lo, não estaria conquistado.
- Puxa. Ela irá sofrer muito.
- Outro medo também é que se os Volturi, sua família, souberem disso, poderá destruí-la – não posso nem pensar nisso. – ou então se aproveitar disso. Essa opção ainda é dolorosa.
- Transformando-a e usando seu dom?
- Eles podem ver o dom de alguém mesmo antes da transformação. Eles souberam da mãe... E fizeram a oferta a ela de morar com eles.
- E ela não aceitou, é claro
- Não aceitou porque ela tinha uma família que precisavam dela e papai era daqui...
- Já no caso dela. Ela acha que a sua vida não tem mais conserto. – Andie já sabia do pai de Andie. – e o seu amor é justamente de lá.
- Espero que ela volte para Forks junto com Joe e Liza. Aqui fica mais fácil de convencê-la.
Conversamos mais um pouco e quando Seth chegou me lembrei do meu marido. Despedi-me a eles e corri.
- Hoje é o dia de esquecer-se do marido? – Jacob falou, pegando o calendário. – Não está no calendário pra eu me programar.
- E não está no calendário também o dia da impaciência do marido – também brinquei.
- Você estava até agora na Andie?
- Sim, por quê?
- Então não sou o único lobo a chegar a casa sem o jantar pronto – ele já sabe que quando engatamos numa conversa, esquecemos do mundo e, dos maridos.
- Ok Black. Jantar saindo.
Fiz bolinho de carne e de chuva. Liguei para Edward, para contar da conversa que tive com Joe.
Então Jacob e eu aproveitamos a noite sem as crianças.
De manhã, no que acordei já me lembrei de Clara, mãe de Camily. Ela deve estar muito preocupada com a filha. Ela não ligou porque talvez Camily não tenha passado o meu número. Liguei no fixo e ninguém atendia. Liguei no celular, caixa de mensagem. Não insisti. Talvez ela queira um tempo sem ninguém que a incomode.
Fui à casa do vovô Carlisle pra passar o meu domingo lá. Liguei pra Rachel para avisar o Jacob a ir almoçar no vovô.
Na porta, estava a tia Alice. Ela deve estar tendo alguma visão...
- Alguma visão tia Alice?
- Acho que sim, mas não consigo ver muito bem. Está embaçado...
- E não é normal?
- É, é quando a pessoa não está decidida ou quando...
- Quando? – a tia Alice está assustada. Ela está escondendo algo de mim.
- Quando não conheço muito bem a pessoa – ela disse com um pesar nos olhos. Alguma visão de Camily, aposto!
- Bom, talvez seja um pouco mais clara a visão quando a Camily voltar. – eu estava esperando que sim.
- Tomara – espero que não seja tarde. E se ela não voltar? E se justamente a visão dela é acontecido lá na Itália?
- Filha, você não pode pensar em todas as possibilidades – meu pai falou, com certeza já lendo os meus pensamentos. Quando estou aqui perco a minha privacidade.
- Não tenho culpa se tenho esse dom. E que você pensa muito alto... É como se você gritasse.
- Ok pai – não queria brigar com o meu pai. “eu já deveria ter me acostumado” pensei. Edward riu.
- Que bom que você pretende passar o domingo conosco. Hoje você é só nossa! – meu pai estava entusiasmado para alguma coisa.
- Ei filha! – Bella veio me abraçar – quer jogar baseball? Estará um dia perfeito. Como nós gostamos – mas Bella não gosta de jogar baseball.
- Como nós gostamos menos Bella. Você está certa. – puxei minha mãe nisso – é infelizmente nisso você a puxou - E sua mãe te convidou só pra ser educada. Mas na verdade ela queria dizer “quer fofocar? Será um dia perfeito. Edward estará ocupado demais pra ouvir nossas conversas.”
- Hum! Então quero sim! – mostrei a língua pro papai. Nunca gostei que Jacob fizesse isso para as crianças e eles... Bom, são crianças grandes.
- Obrigado pelo elogio. – minha mãe o olhou pedindo explicações – todos somos crianças grandes. Segundo a Nessie. – Edward disse levantando as mãos perto do rosto com as palmas viradas pra frente e comprimindo os ombros.
- E qual será a melhor hora pra fofocar, mãe? – olhei de lado pro papai. Ele estava conversando com o vovô, mas ele estava rindo. Com certeza do que eu havia falado.
- Ás treze horas. Vai vir uma tremenda chuva, mas na clareira a chuva virá mais tarde – demorei pra entender o porquê de jogar em dias chuvosos. É porque quando eles se chocam ao tentar pegar a bola, omite um som alto. Então, para não chamar atenção, os humanos pensarão que é trovão...
- Então. Primeiramente irei ligar pro Joe.
- Melhor não. Deve ser cinco da manhã lá... - Era mais ou menos dez da manhã, aqui.
- A é. Esqueci desse detalhe. Não sou acostumada a mudança de fuso horário...
- Bom, então vou fazer o almoço de Jacob, pra gente não se atrasar no jogo. Posso fazer aqui mamãe?
- Claro que sim filha. Será bom a gente passar mais tempo juntas. – eu também estava com saudade de passar o tempo à toa com a mamãe – o que teremos pro almoço hoje?

- Não sei. Alguma sugestão? – já que ela cozinhava mais do que eu.
- Bom, eu não era uma cozinheira de mão cheia. E também não me lembro muito da minha vida de humana... – mesmo que não tenha muitas décadas, aos poucos vai se apagando da memória o que ela achava banal para lembrar, e então não fica viva na memória.
- Porque não faz o tradicional? O velho feijão e arroz? – eu não sabia muito bem o que era isso – talvez Bella ainda se lembre de como que se prepara.
- Se não me falha a memória... – ela foi me explicando por etapas
Ensinou-me a como cozinhar o feijão, o arroz, como usava a panela de pressão, que tinha em casa mais como um artigo de luxo. Aprendi a preparar batata cozida, frita, a fazer salada. Qual fruta dava pra comer com a comida. Falou-me também da importância desses tipos de comida para os humanos. Ela falou alguma coisa em preservar a saúde boa, prevenir doenças, ou até mesmo pequenas dores como cãibras.
Meio dia em ponto Jacob chega pro almoço, entusiasmado. Edward falou alguma coisa á ele.
- Huum. Enfim comida caseira. – ele não gostava da comida que eu fazia?
- Como assim? Pode me explicar – meus pais saíram da cozinha. Não queriam presenciar um desentendimento entre Jacob e eu.
- É assim amor, eu queria comer comida caseira a tempos mas não queria falar nada pra não te chatear
- Já me chateou! Você fingia que gostava da minha comida? Garanto que jogava no lixo...
- Não Nessie, eu não jogava no lixo. Eu gosto da sua comida. É sério amor. Mas não era comida mesmo. Entende?
- Não. Não entendo – eu estava chateada. Poxa ele podia ter falado pra mim disso antes.
- É que lasanha, pizza, bolinho é comida, mas parece que pra mim não sustenta. Parece que só pesa...
- Quer dizer que minha comida... – eu estava prestes a chorar. Não Nessie, você não vai chorar.
- Não leve por outro lado, amor. Sua comida é maravilhosa. – tarde demais. Senti uma umidade em meu rosto. As lágrimas me incriminavam. – não chore amor. Eu nunca falei mal de sua comida á ninguém, eu juro. Eu não posso te ver assim.
- Coma logo. Tenho compromissos pra daqui a pouco – ele estava triste também. A impressão de Jacob novamente. [é estranho falar “impressão” agora de ter assistido Eclipse. Continuarei assim como a Güe escrevia. Talvez eu escreva IMPRESSÂO e também IMPRINT que aqui terá o mesmo significado]
- Amor. Não fica brava comigo... – não pude conter as lágrimas. Agora eram muito para controlar.
- Não venha atrás de mim – corri escada acima. Bella veio atrás de mim.
- Não fique chateada com Jacob. Ele não falou porque não sabia como falar.
- O papai sabia de tudo não é? Com certeza ele já leu a mente de Jacob sobre isso faz tempo.
- Entenda-os, filha. Eles não fizeram por mal, nem pra te magoar – numa hora estava agitada, na outra estava tranqüila. Tio Jasper estava por perto.
- Tio Jasper, não sabia que é feio ouvir conversas alheias? - Não precisava gritar. Ele ouviria até mesmo um sussurro.
- Mas eu não estou ouvindo eu prometo. Mas já que você está mais tranqüila eu irei descer! – falamos um para outro em tom normal e com a porta do quarto que era do papai, fechada.
- Olha mãe deixe eu me tranqüilizar. Ok? E não se preocupe, não farei nenhuma bobagem. Vamos nos preparar pra ir á clareira.
Bella não insistiu. Enquanto víamos as coisas do jogo, o tempo passava, mais devagar. Jacob veio conversar comigo, mas eu pedi pra conversar a noite com ele, e em casa, com calma. Ele concordou, disse que me amava e se foi.
Então minha família e eu corremos pra clareira. Estava quase na hora. Meus tios e meu pai estavam preparando o campo quando Alice deu o sinal. Iria começar o jogo.
Bella e eu conversamos bastante, mas nem tocar no assunto de Jacob e eu. Às vezes Esme queria jogar e então mamãe seria a juíza. Esme jura que os meus tios e meu pai roubam, eles juram que não. Mas em todos os efeitos mamãe foi a juíza.
Ao voltar pra casa do vovô, me lembrei de ligar pras crianças. Lá deve ser por volta do meio dia.
- Mãe. Agora vou ligar pro Joe. Vou logo atrás pra te contar.
- Vá mesmo.
Não sabia se ligaria pra Camily ou pro Joe, mas resolvi ligar pra ele.
- Joe filho, como vai? – amanhã de tarde eles embarcam num avião voltando. A espera vai ser uma tortura a mim.
- Muito bem mãe. Tenho muitas coisas pra te contar, você não tem idéia – ele estava entusiasmado.
- Como vai Camily? Ainda com aquela nossa preocupação? – tomara que seja só uma coisa qualquer, ligeira.
- Ainda não foi falado nada sobre isso. Por um minuto havia me esquecido – tomara que meus anseios não sejam verdades. – espero que continue assim.
- Eu também. E como está a Liza? Ela está se comportando?
- Nossa, está sim. Ela está muito bem.
- E a Renée, o Phil...
- Estão feito crianças. É engraçado, mas é verdade – Joe riu. Bem cara deles. – e aí como está?
- Está bem. Acabamos de jogar baseball, quer dizer, menos minha mãe e eu – quando eles voltarem talvez eu conte da nossa discussão entre Jacob e eu – eu só vou dar um beijo na Bella e Edward e vou pra casa.
- Tá. Manda um beijo pra todos. Estou morrendo de saudades deles.
- Pode deixar. Eu mando sim. Tchau filho te amo.
- Tchau mãe também te amo.
Despedi-me da minha família e fui a minha casa. Preparando-me pra nossa conversa. Tenho que estar calma para não falar ou fazer nada que eu me arrependa depois.
- Oi Nessie. E aí vamos conversar? – dava pra ver que ele estava chateado.
- Oi. E eu tenho outra saída?
- Tem claro que tem. Perdoar-me. Não precisa nem se explicar se não quiser.
- Daí é fácil demais. Eu faço uma besteira e você simplesmente não quer saber o porquê?
- É fácil porque quero você de bem comigo. Eu faria de tudo pra não brigar-mos. E então você reconhece que é uma besteira?
- É reconheço. Desculpe, eu te amo.
- Claro que sim, amor. E eu também te amo, amorzinho.
- Obrigada – acho que nem eu sei o porque naquele chilique. Eu não saberia explicar. Ainda bem que ele não pediu explicações – então, o que quer para o jantar? – ele me olhou me cobrando sobre a causa da nossa pequena discussão.
- Ok. – eu ri. – perguntei por força do hábito. Tem que me dar um tempo pra me acostumar.
- Claro que dou. Olha, feijão, arroz, carne, batata, macarrão, salada – ele citou, contando nos dedos. - não precisa fazer todos. São só alguns exemplos.
- Tá certo. Vou caprichar.
- Tenho certeza disso. Bom enquanto isso, eu irei tomar banho e ficar cheirozinho pro meu amor – Jacob me beijou e foi em direção ao nosso quarto.
Então fiz a comida que ele tanto quis. Fui para o quarto e, me surpreendi com a surpresa. Fiquei boba no mesmo instante...