24 de jul. de 2010

CAPÍTULO 3

3. COLOCANDO FORA DOS EIXOS

CAMILY...
P
or incrível que pareça. O céu estava sem nuvens e o sol estava lindo. Tudo estava a favor.
- Vamos Camily. Você não quer se atrasar, na é? – Edward veio me buscar. Nessie estava com as crianças.
- Tchau mãe! Amo-te.
- Tchau filha. Também te amo. Boa viagem.
Edward foi buscar seus netos na casa de Nessie.
- Se comportem. Não façam seus bisos se preocuparem com vocês.
Edward pagou nossas passagens e nos embarcou. Ainda bem que eu já tinha o meu passaporte. Pretendia fazer intercâmbio quando estava no colegial.
Chegamos a nosso vôo com pouco tempo de folga,e então a tortura começou. O avião permaneceu na pista enquanto as comissárias de bordo andavam, sem preocupação, de um lado para o outro no corredor, dando tapinhas nas malas no compartimento no alto, para se assegurar que estavam tudo ajustado. Enfim entramos em vôo.
O avião pousou em Jacksonville. Joe e Liza correram ao encontro de Renée e Phil.
- Essa que é a bela Camily? – Phil disse. Fiquei um pouco constrangida.
- Bela, não. Mas eu sou Camily sim.
- Prazer em conhecê-la e, tê-la conosco nessa viagem.
- Igualmente!
Tivemos de correr para pegar nossa conexão, mas foi bom, não precisaríamos esperar. Assim que o avião ganhou o ar, todos estavam se ajeitando para dormir, seria uma viagem longa e cansativa. Eu não conseguia dormir, estava muito ansiosa. Mas enfim, com todo custo, consegui dormir.
- Camily, já chegamos – Liza me acordou, meus sentidos demoraram pra voltar. Meu sono era pesado.
- Enfim em terras italianas – Joe disse empolgado.
Um Classic Honda vermelho nos esperava. Joe falou algo ao motorista italiano, e ele entregou a chave do carro ao Joe.
- Esses motoristas são lerdos, prefiro dirigir por mim mesmo!
- Nada disso. Você ainda é menor de idade e não tem carteira de motorista. Quer acabar com a nossa viagem indo parar numa delegacia?
- Chame-o de volta. Não queremos nos preocupar com nada além dos nossos.
- Ok vocês venceram.
A cidade de Florença e a paisagem de Toscana disparavam numa velocidade de borrão. Se isso é lendo então como seria rápido...
-Chegamos a Volterra. Agora iremos andando.
- Ah! Já havia me esquecido. – Liza falou se dirigindo á mim e tirando alguma coisa de sua bolsa – Nessie comprou essa câmera á você. Camily, para você registrar tudo e mostrar a sua mãe depois. – era uma câmera de 12 Megapixels, vermelha, á bateria.
- E tem três baterias reserva na bolsa de Liza. Quando acabar é só pedir que a Liza troca – Joe me avisou.
Liza me ensinou como se manuseava a câmera. Aprendi rápido. Fui tirando muitas fotos, enquanto o guia turístico de um grupo contava as história do lugar. A história que me lembro era que no dia dezenove, não sei de que mês, é o dia de São Marcos. Segundo a lenda, um missionário cristão, o padre Marcos, expulsou todos os vampiros de Volterra há mil e quinhentos anos. Vampiros. Hilário. Só podia ser lenda mesmo.
Fitei os antigos muros castanho-avermelhados e a torre do relógio, segundo o guia, Palazzo dei Priori. Senti um arrepio.
- Liza, você acredita em vamp... – cadê a Liza? Cadê o pessoal? Não acredito que me perdi deles!
Olhei em minha volta tentando procurá-los, mas tinha muita gente e não conseguia encontrá-los. Tentei manter a calma, cedo ou tarde eles iria me encontrar, pretendia que seja o mais cedo.
Mas uma pessoa em especial manteve a minha atenção. Era um cara lindo, de porte “príncipe encantado”. Ele era loiro, pele branquíssima, com uma vestimenta pesada e escura. De repente ele me olhou, se fazendo alguma pergunta a ele mesmo. Pôs o capuz sobre a sua cabeça e veio em minha direção.
Meu coração começou a disparar. Ele estaria vindo para conversar comigo?

ALEC...

Após abater alguns humanos turistas, que, Heidi nos trouxe. Já saciado por alguns dias...
- Alec, vinte dos oitenta turistas já confirmaram pra daqui quinze dias. Nossos negócios vai de vento em poupa. – Heidi ainda não recuperou o baque de ter perdido uma caçadora de peso e de talento. Mesmo que ela não tenha trabalhado muito suas habilidades. Ela não me deixa esquecer isso
- Que bom Heidi – sem dar muita atenção a ela.
- não se preocupe Alec. De qualquer maneira, mesmo lá no fundo, bem lá no fundo, Nessie te ama... – Heidi disse entre risos. Ela não dá espaço pra eu esquecê-la. Isso é uma tortura.
É por isso que não acabaram comigo. Seria mais angustiante sofrer aos poucos. E como diz Aro, seria um desperdício.
Então decidi sair um pouco pra espairecer. Peguei minha capa e fiquei sob a torre do relógio. A praça estava cheia de gente. Mais turistas do que moradores.
Vi cada criança entojada, que me dava nojo. Vi um casal no maior “Love”. Diabos, até aqui me faz lembrar Nessie. Do beijo que ela me deu, que com certeza não mexeu com ela. Senão ela teria ficado comigo. Que, com a minha família, seria improvável e impossível.
Os humanos, para esquecer um amor, tentavam se apaixonar por outra pessoa. No meu caso, não sou humano, estou expressamente proibido de ter qualquer tipo de relacionamento amoroso ou afetivo. Na verdade, não sou só eu, mas todos estão proibidos.
Pra esquecer meus devaneios importunos, continuei a me divertir com os humanos. Ria discretamente para não chamar atenção.
Foi quando percebi que uma garota estava desesperada, provavelmente se perdeu de seu grupo. Bem feito, não ouviu ás orientações do guia. Ferrou-se. E a sua roupa, não era muito agradável aos olhos. Estava com a cara de cansaço, procurando se tranqüilizar, olhando nos monumentos. Não segurei e dei uma gargalhada.
Olhei para outro grupo que estavam discutindo, e voltei a olhar essa outra garota que, estava pasmada, olhando em minha direção. Não podia dizer se estava olhando realmente pra mim. Então coloquei o meu capuz um meu rosto e fui andando em sua direção. Seu coração se acelerou. Isso é tão engraçado.
Eu queria dar meia volta e voltar, mais algo em mim que não obedecia. Seria o juízo? Fui andando em sua direção, sem conseguir ao menos parar. Quando chegava cada vez mais perto da humana me apressava mais, involuntariamente.
- Percebi que você está assustada, algum problema? – para uma humana, ela era linda. O que é que eu estou fazendo?
- E-eu p-perdi m-meus ami-migos – ela gaguejou. Por que é que eu não senti graça nisso?
- E faz muito tempo? – Alec VOLTE!
- N-não sei, q-quer dizer, s-só percebi agora!
- E você está num grupo de turistas grande?
- N-na verdade estou com os filhos e avós de minha amiga.
- Hum! Qual é o seu nome? – que me importa o nome dela?
- Camily.
- Nome bonito!
- E você? Qual o seu nome?
- Perdão. Sou Alec. Moro aqui já faz algum tempo. E você, onde mora?
- Bom á dois anos moro em Forks, mas morava...
- Forks? Na península Olympic, a noroeste de Washington? – não acredito. Será possível. Até o destino está contra mim... – Cidade dos lobisomens e vampiros?
- Sim. Você conhece? Ah sim pelo o que falam...
- E você foi morar por causa das lendas? Você acredita nisso?
- Não acredito. Na verdade fui saber sobre isso quando já havia me mudado pra lá. Mas parece que Forks não é a única cidade com lendas sobre vampiros.
- Pois é. Quem as inventou são uns bandos de desocupados... O seu grupo é de Forks também?
- A Renée e Phil são de Jacksonville. Joe e Liza são de Forks como a minha amiga. – esses nomes não me são estranhos.
- E como é o nome de sua amiga – é impossível ela conhecer Nessie. Por causa da lenda de lá também, a população de Forks cresceu exorbitante.
-Nessie... – eu tive alucinação? Ela falou Nessie?
- Renesmée Carlie Cullen? – Camily me olhou surpresa.
- Você a conhece? Ma-mas como?
- Minha família e eu somos... Amigos dos Cullen.
- Que coincidência... – espera lá. Camily falou que está com a família de Nessie?
- Você está com os filhos dela aqui?
- Sim. É o Joe e Liza... Elizabeth.
- Camily! Graças a Deus que te encontramos. Mamãe vai brigar comigo por ter perdido você.
- Então você que é o Joe? – parece ter treze ou quatorze anos.
- Camily você falou sobre nós?
- Na verdade eu já conheço a sua família, os Cullen, quer dizer.
- Loiro, de porte elegante... Hum... Deixa-me adivinhar. Alec Volturi. Acertei?
-Correto! Sua mãe falou de mim? – Então não fui qualquer pessoa. Ela se lembrava de mim... – ou te mostrou?
- Sim ela falou...
- Mostrar? Como assim? – Esqueci totalmente da humana! Então ela não sabe de nossa espécie.
- Eles talvez tivessem alguma fotografia ou algo assim...
- hum!
- Camily quer comprar alguma coisa pra sua mãe? – Renée a chamou. Salvo pelo gongo.
- Você é louco ou o que? Ela não sabe da nossa existência. E eu não quero que a sua “querida família” interfira em nossa vida. – Joe guspiu as palavra. Ele fez o gesto das aspas com os dedos.
- Então eu preciso ir. Tenho um compromisso agora! – eu queria ficar. NÃO. EU NÃO QUERIA FICAR! – iremos caça... – eu e minha língua de trapo...
- Caçar? Onde na verdade? – Camily me perguntou. Ainda bem que os humanos também esse hábito. Não como o nosso, é claro.
- Em uma cidade ao lado... Foi muito bom em conhecê-los. Camily – peguei sua mão e beijei. Por que eu estou fazendo isso? Camily saiu cambaleando.
- Joe não se preocupe. Minha família não saberá que estavam aqui. – Camily foi tirando foto enquanto se recuperava. A câmera estava em minha direção.
- Duvido. Nem o seu amor pela mamãe você foi capaz de esconder. – assenti.
- Nesses anos trabalhei muito com o meu dom. – fui me retirando – eu aprendi a lição.
Enquanto eu voltava à torre, senti que a câmera acompanhava os meus passos. Pode ouvir até o som irritante do Zoom sendo ativado, no máximo. Quando entrei, parei por um instante. Olhei a Camily e ela estava com um sorriso radiante. O que é que eu estou falando? Ainda bem que aprimorei meu dom. A partir de agora nem eu saberei o que acabou de acontecer.

CAMILY...

Alec. Nome diferente e ao mesmo tempo fascinante. Ouvi meu celular tocar. Era Nessie...
- Oi Camily.
- Oi Nessie. Você não morre tão cedo?
- Como assim? Estavam falando de mim? Pode me contar.
- Adivinha com quem acabo de conversar? – Nessie ficou quieta. Ou será meu celular que ficou mudo? – Nessie,você está ai?
- Estou sim. Eu conheço essa pessoa? – ela estava nervosa.
- Ele disse que conhece você e sua família, quer dizer, os Cullen. Até o Joe o reconheceu...
- Ele? Quem é esse cara? – seu nervosismo cada vez era maior.
- Ah! Não seja estraga prazeres, pelo menos tente adivinhar! – brinquei, tentando descontrair.
- Pode me dar uma dica? – ela já estava impaciente.
- Começa com a letra... A. – ela demorou pra responder.
- Aro? – sua voz estava em pânico.
- Errado. Segunda chance.
- Alec? – ela estava ansiosa.
- E... Exata! Ele mesmo! - suspirei. Seu rosto era fascinante. Ainda bem que Nessie me deu essa câmera, a foto, mesmo com o zoom no máximo, ficou perfeito. Mais perfeito do que ele, impossível.
- E sobre o que vocês conversaram? – Agora ela estava mais tranqüila.
- Ah! De tudo um pouco. Quando chegarmos ai, te conto os detalhes.
- Está bem. Então está tudo bem?
- Mais perfeito impossível. Obrigada!
- Ok. Por nada. Vou ligar pro Joe então. Tchau
Quando desliguei, vi que a bateria do celular estava acabando. Precisava voltar pro hotel para recarregar. E já vi que era pra mais de dezoito horas. Em Forks deve ser em torno de treze horas. Contando cinco horas de diferença...
- Renée é mais de dezoito horas, e preciso por o meu celular pra carregar.
- è verdade, já está ficando tarde! Vamos então descansar.
No hotel, fui direto por o celular para carregar. Peguei uma muda de roupa e fui tomar banho. Depois, liguei o computador, peguei a câmera e o pendrive que vinha com a câmera como brinde. E enquanto passava as fotos ao pendrive, fui jantar. Quando sentei para comer, percebi que estava muito cansada e com fome. Quando estava acabando, ouvi alguns “hum” na sala. Terminei de comer e fui na sala pra ver o que era. Joe estava vendo as minhas fotos.
- Porque tirou foto de Alec? – esqueci desse detalhe.
- Agente não pode contar só com a memória. Tirei se eventualmente Nessie não lembrasse mais de como ele era.
- Hum... Sei, acredito.
- Agora chega. – tirei o pendrive e a câmera nem desativá-los corretamente.
- Porque está nervosa?
- Não estou nervosa, é só... – o celular de Joe toca. Salvo pelo gongo.
- Oi mãe, que saudade. – Nessie ligou agora para ele?
Então fui para a cozinha, lavar a pouca louça que havia.

23 de jul. de 2010

O Livro de Renesmee ou Lua Cheia

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Capítulo 7 (sete) em diante no blog velho:

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CAPíTULO 2

2. A TAL VIAGEM

Hoje o dia amanheceu chuvoso. Que novidade! Fui tomar banho antes que Joe e Liza acordassem. Que provavelmente irá demorar um pouco. Me permiti a demora no banho, não tinha pressa alguma. Agora deve ser umas sete horas da manhã.
Estou percebendo que gradualmente o meu horário de sono está diminuindo. Não entendi. Afinal, a porção fez ou não efeito em mim? Vovô Carlisle falou que sim, mas não estou percebendo nenhuma mudança em mim. Ainda sinto repulsa pela comida que faço. E eu fico aqui sem entender nada.
Após o banho, comecei a faxinar a casa, só pra matar o tempo, limpando com velocidade humana. Lenta.
Ouvi o coração de Elizabeth se acelerar, ela está pra acordar, e com certeza vai querer acordar seu irmão de susto com som alto.
- Não assuste seu irmão, Liza. – falei num tom alto
- Ah mãe, justamente a parte boa! Ele sempre leva na brincadeira e nem se assusta – ela falou decepcionada com a mesma reação de Joe toda manhã.
- Mesmo assim, filha! Não é muito agradável – falava já no tom normal, Liza já estava no mesmo cômodo que eu.
- Bom dia mamãe. Eu te amo – Liza me saudou com toda a empolgação do mundo.
- Bom dia, filha. Também te amo
- não me assusto porque o meu dom é melhor que o seu. – Joe falou mentalmente. Não percebi que ele estava pra acordar.
- há, há. Você que pensa. Maninho. Liza disse
- Sem discussões! – falei, olhando de lado para a Liza.
- Ok! Como foi o seu dia ontem, mãe? – Liza perguntou. Ela já foi pegando um balde com água e desinfetante e um pano, e começou a limpar os vidros da janela da sala.
- Quer que eu mostre ou conte? – perguntei já sabendo a resposta. Ela prefere que eu conte, ela gosta de ouvir imaginando a cena. Só vê quando ela quer ver algo especifico ou algum detalhe.
- me conte né mãe! Sabia. Não disse?
Relatei da nova amiga, do filme que assistimos, da mãe de Camily...
- A mãe tem sorte de ter amigos legais. – ela ta me bajulando? Ela deve querer alguma coisa. Mas porque me agradar assim, ela nem precisa, com o seu dom de persuasão, ela nem precisa dar essa volta. Até onde isso vai dar?
- Concordo! – Falou Joe – e eu não estou puxando o saco.
- é impressão minha, ou Liza quer alguma coisa e está preparando terreno? Ela nem precisa disso!
- porque o pedido dela precisa de tudo isso mesmo. Sente mãe, lá vem bomba. – disse Joe rindo, e me assustando.
- Fique quieto! Acabou com meus planos... Oops – Liza percebeu o que havia falado e se aproximou de mim, pra me persuadir, é claro. – foi mal, mãe.
- Diga filha o que você quer. Já estou sentada – devo me preparar, mas para quê?
- Éh... Mãe. Deixe. Depois eu falo – porque ela está com medo de falar? Ela não é disso. Deve ser bomba mesmo.
- Começou, termine! – Joe estava se divertindo com a situação de Liza. Ele a deixou de calças justas.
- Quero conhecer Itália – Liza despejou essa sobre mim. Ainda bem que eu já estava sentada.
- O que? E com quem a senhorita vai? – quem é que deu essa idéia absurda a ela?
- Com a bisa, mãe! – Liza falou com a voz mais doce e inocente do mundo.
- Olha mãe. Phil tinha esse plano, anos atrás, naquela época, aconteceu alguma coisa lá que não deu. – Lembrei-me do dia que me “hospedei” com os Volturi, e do motivo de Phil ter adiado esse plano. – e Phil ainda pretende ir. – Joe me explicou.
- E que é que te convidou? Phil, Renée ou... Você se convidou? – olhei a indagando
- É... Eu só... Falei que seria uma boa uma viagem para outro país, para quem mal saía de Forks. – Que estava mais populoso com as histórias de lobos e vampiros. Que já virou folclore da cidade.
- Bom, com a cabeça de vento da Renée eu fico preocupada, mas se Phil for também... – Liza foi abrindo um sorriso de orelha a orelha – talvez. Talvez – enfatizei – você possa ir.
Mesmo com o meu talvez, ela me abraçou e agradeceu. Pronto já me persuadiu. Como poderei falar não?
- Está bem, pode ir – Liza vibrou. Ela olhou para o Joe e mostrou-lhe a língua.
- Diz agora, qual é o melhor dom, irmãozinho – olhei indignada á Liza.
- Elizabeth Black Cullen – Liza me olhou assustada. Dificilmente a repreendo com tanta autoridade assim. - Pro seu quarto, agora! Irei Ligar pra sua bisa desmarcando a sua viagem. E você Joe, não tem vergonha de tirar sarro de sua irmã?
-Ah não mãe, eu...
- Sem mais um pio. Já pro quarto. – Olhei para o Joe, brava.
- Fui! – Joe correu para o seu quarto também.
- Porque Liza bateu a porta do seu quarto, e chorando - Jak perguntou, acabando de chegar. Mostrei-o toda a conversa e a discussão.
- Mãe autoritária essa. Ui! – Jak falou indo em direção ao quarto de Liza.
- Jak, não vá agradar ela. Já é difícil repreende-la com o seu dom. Se você for irá me desautorizar!
- Ok Mamãe Black... Cullen.
- esqueceu algo pra voltar pra casa?
- Não... – Jak me olhou confuso – viu que horas são?
- Não – peguei meu smart e vi. – doze horas? Já? E eu nem fiz nada pro almoço.
- Pode começar agora. Irei voltar com o bando ás quatorze horas.
- Quer algo em especial?
- O que você fizer será especial – meloso
- Que tal... – pensei um pouco. Quero fazer algo diferente e fácil de fazer. – lasanha?
- Hum... Ótima idéia!
O lado bom de cozinhar, é que me acalmava. Agora já estava acostumada com o cheiro todo de leite e carne. Mas claro, foi o que mais me alimentei nas duas gestações.
Deixei a lasanha na mesa e avisei Jacob para não comer tudo, que era pra deixar pras crianças também.
Fui ao quarto de Joe, avisei-o pra ir almoçar e em seguida fui ao quarto de Liza. Bati na porta, mas nada. Abri e percebi que ela estava ouvindo o seu iphone no volume máximo. Ao perceber minha presença, abaixou o volume, mas não me dirigiu nenhuma palavra.
- Filha, você sabe que eu não gosto de chamar a sua atenção de vocês, e não como fui agora pouco. Mas me entenda, você precisa ser repreendida do que faz errado.
- É eu sei. Como você poucas vezes faz isso, assusta. Eu sei, é pro meu próprio bem. Mas ainda sim. Mãe, só uma coisa, pode me repreender como quiser, mas não faça isso em frente de meus amigos, ou até em estranhos. Tá bom?
- Sim. E você filha, está brava com a mamãe. – fiz aquela cara de cachorro sem dono. Cachorro se dono! Agora é hilário!
- Claro que não mãe. Eu te amo.
- Obrigada. Eu também te amo.
Abraçamos-nos, e me lembrei da lasanha na mesa. Se é que tem ainda alguma coisa.
- Ah! Fiz lasanha. Corra antes que seu pai e seu irmão comam tudo. Se é que já não terminaram...
- Ah não acredito! – Liza correu pra cozinha.
Enquanto eles comiam. Fui adiantando uns trabalhos pendentes. Quando Jacob entrou no quarto já era treze e trinta da tarde.
- Sua lasanha estava ótima, amor.
- Obrigada. Assistir canal culinário não é tão ruim assim. – nós dois rimos.
-Bom, já que a Forks High School declarou feriado hoje, vou levar Joe e Liza na Rose. Já que Liza disse que estava com saudade dela. E ela havia mandado um recado, pelo seu irmão Peter.
- Recado? Que recado?
- Que é para você mandá-los pra dar uma visita, que estava com saudade de vocês.
- Então leve. Marquei de pegar as meninas ás quinze horas. Já está quase na hora.
- Mamãe. A Senhora Ligou pra bisa desmarcando? – Liza me perguntou.
- Não filha. Mas eu pretendia ligar sim. Mas seu pai havia chegado pro almoço e esqueci.
- E a mãe ainda pretende desmarcar? – essa carinha partiu meu coração.
- Vejo isso depois, filha. Afinal, só você iria?
- Não. Joe também iria. Mas jogou toda a responsabilidade em cima de mim. – claro que iria. Ele não iria ficar de fora.
- Está bem. Agora vá. Seu pai está com pressa. Fale á Rose que irei visitá-la nesse final de semana.
- tudo bem.
Guardei meu material na bolsa. Jak pegou o classic para levá-los ao aeroporto. Agora tia Rosalie mora com Tio Emmett numa cidadezinha perto de Nova York. Então peguei o Montana. O carro mais simples de minha família. Dei risada
- Andie não irá também?
- Vai sim. É caminho pegar você primeiro.
Parei o Montana em gente da casa de Andie, buzinei. Ela demorou um pouco pra vir até o carro.
- Oi meninas. Desculpe a demora. É barra conversar com uma filha preadolescente – Andie riu.
- Oi – Andie e eu respondemos.
- Também tive uma pequena discussão com Liza antes do almoço. Ela quer ir á Itália com a sua bisa. Não sei se permito.
- Mas estando com algum responsável... Acho que não tem problema. – Andie disse.
- Esse é o problema. Renée é uma cabeça de vento. Não sei se Phil vai conseguir tomar conta de três crianças ao mesmo tempo.
- Converse com Bella, veja o que ela acha sobre isso.
- É sim eu irei. Mas se alguém responsável fosse junto também. – olhei para Camily e me veio uma idéia. Andie já foi pra Europa comigo e com a Bela. Agora ela tem Seth e Charlotte pra cuidar. Camily poderia ir. Bom, não irei falar nada agora. Vou conversar com Bella pra saber o que ela acha.
Já na Universidade Alright, a Sra. Reasons chamou Camily para conversar com ela. Então Andie e eu fomos as nossas salas. Logo bateu o sino pro começo das aulas.
Nas aulas, eu estava mais pensativa sobre essa viagem, me lembrei de Alec. Dava-me uma angústia de lembrar os seus olhos tristes, ao me ver partir de lá, e também só de lembrar que se eu tivesse ficado mesmo as três décadas com os Volturi, estaria sem o Jacob.
Enfim o sino tocou nos avisando do fim das aulas, por hoje, e me assustando.
No carro Andie e Camily tagarelavam alguma coisa sobre os tempos de colegial. Liguei o radio na minha estação preferida, FYI. E em uma hora, começou a tocar “Be my Escape” de Relient K. E nós três começamos a cantar animadas.
Deixei as meninas em suas casas e fui á casa de meus pais, para matar a saudade e conversar sobre essa história de viagem.
- Olha filha, nunca gostei de qualquer turismo á Itália. Muito menos á Volterra. – Bella me falava sincera – e Liza não vai se aquietar. E você vai ceder de qualquer maneira...
- Então Nessie, deixe ir. – meu pai me incentivou. Mas o “não” que tenho que falar á eles... – Falar não á eles é importante. Mas sempre dizer não, os deixa revoltados. E quanto ao seu convite a sua amiga, é muito bonito da sua parte filha, traga ela aqui para nós conhecermos.
- Vou dizer sim. Agora irei liga a ela convidando-a para a viagem.
- Esses seus pais, Bela, só inventam moda – vovô Carlisle falou, entrando na sala com a vovó Esme.
- Isso que me faltava. Uma criança cuidando de outra criança – mamãe falava entre risos.
Fui ao meu antigo quarto para ligar pra Camily. Que agora era de meu irmão mais novo, adotivo. Meus pais tiveram que mudar tudo, até o papel de parede.
- Oi Nessie – Camily atendeu.
- Oi Camily, Viu... – não vi, já passou. – se lembra que eu comentei com vocês da viagem á Itália que meus filhos pretendem fazer?
- Sim lembro. Por quê?
- Então, como eu queria que alguém fosse com eles... Bom, pensei em você... Se a sua mãe não ficar preocupada, é claro!
- Eu? – Camily estava alegre e, ao mesmo tempo, preocupada – Bom, vou conversar com a mamãe. Depois te ligo te dando a resposta.
- Bom acho que é só isso. Então me ligue, sem pressa.
-Ta bem. Obrigada Nessie.
- Por nada.
Quando voltei para a sala, Liza e Joe estavam com a tia Rose e Tio Emmett.
- Oi meu anjo. Estava morrendo de saudade de você – como estava morrendo de saudade do abraço de urso de tio Emmett e de tia Rose. – por que nos abandonou?
- Eu não tenho culpa se vocês foram morar a um dia de viagem – exagerei. Mas era longe mesmo. – E eu ia visitá-los nesse final de semana. Liza não deu o recado?
- Deu sim. Mas sabe como é sua tia, melodramática. – tia Rose deu um murro no braço de Emmett, que só deu risada.
- Eu não agüentava de saudade. Eu não podia vir?
- Não é isso tia. Eu também estava com saudade de vocês.
- Liza, Joe, venham aqui. – chamei-os.
- Sim mãe. – Joe veio. Liza estava mais atrás.
- Liguem pra bisa de vocês confirmando a viagem. – os dois sorriram.
- Sabia que a minha mãe não ia me decepcionar. – disse Liza, ao me abraçar.
- Obrigado mãe – Joe agradeceu.
- irei ligar pra bisa agora mesmo...
- Só um pouco Liza. Convidei a Camily para ir com vocês. Só estou esperando a confirmação.
- Que bom mãe. Podemos conhecer melhor a sua amiga. – Joe aprovou a minha decisão. Liza confirmou só com a cabeça, já com o seu iphone no ouvido.
Então ouvi o meu smart tocando. Era Camily.
- Oi Camily, e ai sua mãe deixou?
- Deixou, mas... – ela colocou condições?
- Mas o quê? Ela propôs condições?
- Não exatamente. É sobre nossas condições financeiras.
- Não se preocupe, já que eu te convidei, eu pago. – Camily respirou aliviada. Ela cochichou para sua mãe “ela disse que paga, sem problema algum”
- Bom ela deixou! Quando será a viagem? – ora de colocar o plano em ação.
- Não sei. Eu estava pensando, de trazer você aqui amanhã de manhã pra podermos planejar. Qual horário seria melhor?
- Depois das oito, pode ser?
- Pode sim. Então está combinado. Viu, vai conversando com a sua mãe quais dias ela acha melhor. – não queria criar nenhum problema com a Clara.
- Pode deixar. Eu converso sim. Até amanhã!
Seis e trinta da manhã já estava de pé. Terminei a minha dissertação sobre o ECA. Pedi ao Jacob levar as crianças na Andie.
Oito horas já estava em frente da casa de Camily. Não quis buzinar. Para não incomodar os vizinhos, fui até a porta e bati na porta.
- Olá Nessie, entre. Camily acabou de levantar. Pode subir.
Fui até o quarto de Camily. Suas roupas estavam em cima da cama. Ela estava indecisa com qual roupa ela vestiria hoje.
- Posso entrar – pedi a Camily.
- Oi Nessie, pode sim. - Sugeri que ela usasse uma blusinha azul e uma calça jeans que estava na cama.
- Minha mãe sugeriu a viagem pra daqui duas semanas. Ela estará de férias e poderá cuidar da casa. – Camily tagarelou. Já estávamos no carro a caminho da casa de Bella.
Foi na casa do vovô Carlisle que conversamos. Camily sugeriu pra daqui duas semanas. Liguei pra vovó Renée falando da sugestão. Ela concordou. Então já estava estipulado o dia.
- Nessie posso conversar com você? – meu pai queria falar sobre a Camily, imagino – Com certeza.
- sim... – fomos até o jardim que a tia Alice e a vovó Esme cuidam. Tinha mais Violetas do qualquer outra flor. Tinha algumas Tulipas e Orquídeas.
- Filha, a Camily é uma garota muito educada, meiga. De total confiança. Só está passando por alguns problemas na família.
- Que problemas pai?
- Deixarei você saber por ela mesma! Mas pode confiar nela.
- Nessie – Camily me chamou – desculpe atrapalhar a conversa de vocês. Minha mãe me ligou...
- Ah já te levo.
No Carro, Camily estava nervosa, senti que ela precisava desabafar.
- Algum problema com sua mãe?
- Com minha mãe, não exatamente. É com o meu pai.
- Quer falar sobre isso? Desabafar é bom.
- Na verdade esse problema não é novo, mas ainda me preocupa. É o meu pai. Ele tem problema com o alcoolismo. E ele perturbou novamente minha mãe, hoje.
- O que ele a disse?
- O de sempre. Ele não admite que seja alcoólico. Que ele pára quando ele quer. Que minha mãe se separou porque tinha relacionamento extraconjugal e viemos morar com o tal cara aqui em Forks á dois anos. Ele não vê que o problema na verdade é com ele.
- Nossa! – o que eu posso falar diante disso...
- E que para não admitir a ele esse outro relacionamento, ele diz, que colocou a culpa da separação no alcoolismo. Que eu só vim com ela pra cá porque ela havia mentido pra mim, colocado eu contra meu pai, sem motivos. – parei em frente de sua casa.
- Mas reze que tudo vai se ajeitar. Você vai ver!
- Obrigada Nessie por tudo.
- Por nada.
Voltei pra casa pensativa. Ela com problemas e nem demonstrava...
- Jacob?
- Nessie, venha ver meus dotes culinários... – Rose me chamou na cozinha.
- É você que está cozinhando? Aprendeu com quem?
- Aprendi com uns gringos. Eu tinha que disfarçar... – Andie riu. Não havia percebido que ela estava aqui.
- Andie, você por aqui?
- Quando eu estava trazendo o Joe e a Liza, a vi no caminho e a convidei pra vir.
- Que bom que você está aqui...
Camily me ligou me avisando que não irá pra universidade hoje.
Algum problema com Camily – Andie perguntou, preocupada com aminha conversa com Camily.
- Problemas familiares.
- Vixii! Bem, talvez essa viagem a ajude a se esquecer um pouco dos problemas. – Andie disse pensativa.
- É mesmo.
Andie almoçou conosco, se assim pode-se dizer. A ajudei em alguns trabalhos, e fomos a universidade, mas estava fechada. Parece que uns alunos estavam protestando alguma coisa de seus cursos.
- Que pena que não teremos aula com o Sr. Wilbert – Andie disse ironicamente. Demos risada.
Deixei Andie em sua casa. E aproveitei a tempo de folga e fui ao mercado, reabastecer o armário.

CAPíTULO 1

1. COMO UMA FORMIGA COLORIDA - RARA

Uma manhã nublada é o dia perfeito. Quer dizer, aqui em Forks, são raros os dias firmes, e com sol, mais raro ainda.
- Desculpe mãe, estamos atrasados, não vou poder conversar com a senhora agora de manhã – o que deu no Joe? Ele nunca se atrasa.
- Ok filho, boa viagem. – Quando eles voltarem da Renée eu pergunto o motivo do atraso.
- Obrigado mãe! Vamos Liza.
Já que todos foram para seus compromissos, decidi matar o tempo lendo um livro. Peguei o primeiro livro que encontrei. Violetas na Janela. Esse livro sempre me tranqüiliza dos meus anseios.
Fui fazer o almoço do pessoal. O que posso fazer que sustente um lobo comilão? Fiz Strogonoff, uma vasilha grande de salada de tomate, alface e pepino. Já que Liza já está no pai, e enquanto Jack almoça, fui adiantando a minha dissertação.
- Tal mãe, tal filha. – Jak zombou. Sou como mamãe. Em meu tempo ocioso sempre estou lendo, ou adiantando algum trabalho. Mas o que mais eu faria?
- Bobo! Vá trabalhar, vai. – Brinquei.
Jack foi se encontrar com o bando. Arrumei a minha bolsa, peguei o meu carro, um Classic Honda prata, e fui buscar Andie para irmos á universidade!
- Preciso conversar com o Sr Clouds. Ele me mandou um e-mail dizendo que eu estou atrasada com o trabalho, sabendo que fui a primeira a entregar, graças a você. – uma das coisas que também faço no tempo ocioso.
- É melhor você conversar com ele antes do começo das aulas. Se deixar pra depois acaba não dando ou esquecendo. – falei por experiência própria. Sempre deixava pra depois ou pra última hora, e acabava me lascando! Aprendi, de tanto dar cara à parede.
- É, vou fazer isso mesmo!
Na universidade, Andie foi à secretaria e eu estava indo à biblioteca quando sem querer, me esbarrei em uma garota. Já estava esperando ser xingada. Mas, nada! Tentei arriscar dizer alguma coisa.
- Me desculpe, foi sem querer, eu devia ter mais cuidado, me desculpe. – ela não parecia estar brava, ela parece estar pensativa. Ela percebeu que estou aqui, e pedindo mil desculpas?
- A culpa foi minha. Já que eu estava cheia de materiais, eu que deveria estar tomando cuidado! Eu sou sempre avoada, bem que os meus colegas dizem que eu sou desligada, não achava que era tanto assim! – Ouvi seu pequeno discurso. Ela é como minha mãe e eu. Minha mãe, porque é um pouco desastrada. E a mim, porque fala demais, até com estranho. E acaba falando o que não devia.
- Ah! Eu sou Nessie e você? – Se ela não falar “não te interessa”. Não será um caso perdido.
- Ah! Sim, sou Camily, faço nutrição aqui e você? – Simpática ela. Parecia que tinha só antipáticos nessa universidade!
- Advocacia. Faço advocacia, na verdade, é especialização. A graduação conclui já faz algum tempo. – ela deve ser nova aqui, por não saber do astral do pessoal aqui.
- Nem parece. Uma garota tão nova e já com uma graduação... O que?! Esses cremes por ai, somente propaganda, hein!
- Só o básico, pra esconder os defeitinhos. – ri, e ela também riu. É pelo jeito uma boa amizade vem por aí. Malmente tenho colegas de turma! O sino bate atrás de nós.
- Bom, o dever nos chama! – eu disse meio de má vontade, fazendo uma careta.
- É pelo jeito. Podemos nos encontrar no restaurante aqui em baixo pra conversarmos mais, o que acha? – que bom, ela pretende prolongar essa amizade. Mas justamente nesse restaurante? Que na verdade nem dá pra se chamar de restaurante aquilo. Bom, depois converso com ela, talvez eu leve a um bom restaurante...
- Hum... Pode ser sim. Então, ate mais.
- Até, bom estudo – ela sorriu.
- Obrigada, a você também – também sorri. Que bom que comecei uma amizade com uma pessoa educada. Não gostaria ter como amiga alguém que falasse palavrões, como maus pais não me ensinaram isso, e nem eles falam, não me acostumei com isso. Então seria difícil ter amigos assim por aqui, ainda bem que vim pra com Andie. Não fiquei tão sozinha. Em falando da mesma, ela não morre tão cedo. Arrepiei-me quando disse “morre”, e já me lembrei do vovô Charlie.
- O Sr Clouds só chega pro segundo período. Mas mandei o recado a ele pela secretária... Nessie? Você esta me ouvindo? Está pensativa!
- Estou pensando no vovô. Ainda não me recuperei da perda... – Uma lágrima caiu do meu rosto. Sequei-as depressa com a manga da blusa, afinal, estamos no corredor cheio de alu... – Andie, vamos. Estamos atrasadas. – ela olhou em volta e deu risada.
- Vamos – Disse entre risos. Eu tenho que falar da Camily á ela. Mas como vou falar pra ela sem magoá-la ou sei lá.
- Andie, eu conheci uma garota, ela é muito legal, acho que tenho mais uma amiga. – talvez ela ache legal.
- Aqui na universidade?
- Sim. Acabei de conversar com ela, na verdade. Ela faz nutrição aqui.
- Hum! Sempre achei que haveria alguma formiguinha colorida
- Como assim? – ainda não me acostumei com o jeito que ela fala, com esse código todo.
- diferente, eu queria dizer. – faz sentido
- E ela é educada... – ainda estou tomando cuidado pra não falar algo que ela possa ficar magoada. Mas ela achou legal. Talvez ela precise mais tempo pra ela e sua família, afinal, eu fico na cola dela vinte e quatro horas por dia.
- E educada? É impressionante mesmo! – olhai-a. Que vergonha, eu pensei errado dela... Que amiga sou eu? – Que foi?
- Estava esperando você dar um Pitie – agora estávamos em nossas carteiras, o Sr Horaci esqueceu alguma coisa na secretaria e foi buscar. Podemos concluir essa conversa na boa.
- Por quê? Ciúmes de sua nova amiga? – é eu sei, foi pura idiotice a minha pensar assim dela.
- Sim, eu acho. Bom, eu acho também que você vai gostar, afinal, não desgrudo de você.
- Vendo por esse lado... – ai meu Deus... – não seja boba, Nessie! Acho ótimo ter novos amigos. Não por você estar sempre comigo, mas conviver com outras pessoas novas, é sempre bom.
- Ah! Marcamos de nos ver hoje no fim das aulas no restaurante aqui em baixo... – Agora que me lembrei, não falei de Andie pra Camily e não perguntei se ela pode ir junto também. Se ela for como ela me aparentou, ela não irá se importar, com certeza vai gostar.
- E eu posso ir... – ela fez uma pergunta que eu também queria saber a resposta.
- Não sei, quer dizer, ela marcou quando bateu o sino. Foi tão rápido. Mas acho que não faz mal. Afinal, ela é diferente do resto da universidade. – o Sr Horaci chegou carregado de materiais. Estou vendo que vai ser o resto do dia cheio.
- Combinado! Eu irei também – Senhor Horaci pediu nossa atenção a aula agora.
- E porque ela marcou nesse “restaurante”? - ela fez o gesto das aspas com os dedos, indicador e dedos médios. Indo em direção do tal restaurante.
- Não sei, na verdade. Achei estranho também, mas não quis interferir. Depois Iria sugerir outro lugar.
Avistamos o restaurante.
- conseguiu ver essa sua amiga?
- Ainda não. – na verdade eu vi sim, mas como ainda estávamos longe, era impossível um humano ver muito bem – Ainda estamos longe.
Quando aproximamos, Camily nos viu e veio em nossa direção.
- Oi Nessie
- Oi Camily. Essa é a minha amiga Andie. Não tem problema de ter trazido ela também, ou tem?
- Claro que não. É bom conhecer pessoas novas. Oi Andie como vai? – Camily se dirigiu a Andie com educação.
- Oi Camily. Eu vou bem, obrigada!
- Então, vamos? – Camily começou a andar em direção contrária do restaurante.
- Oh! Não, não – Graças a Deus – Marquei aqui porque se marcássemos lá dentro, ninguém ia encontrar ninguém.
- Então, aonde vamos? – fiquei curiosa. Percebi que Andie estava quieta, acotovelei-a pedindo pra falar alguma coisa. Geralmente a primeira impressão é a que fica. E eu não gostaria de tê-las com problema uma com a outra.
- Olha, podemos ir ao cinema, se eu não me engano está em cartaz “Dissapoint”, não li a sinopse e nem vi o Trailer, mas dizem que é legal...
- Boa idéia. Podemos sim – Camily concordou. Lembrei-me das crianças...
- só um momento. Vou fazer um telefonema. É rapidinho. – Camily me ouviu falar com a vovó Renée que vou demorar um pouco pra chegar a casa, e que ela poderia ficar mais tempo com os Bisnetos.
- Você tem filhos? – Camily me olhou assusutada
- Sim. Tenho um casal. Joe tem quatorze anos e Elizabeth tem cinco anos – mas é só a idade deles. Na verdade eles teriam mais, pela maturidade e desenvolvimento de seus corpos.
- Quatorze? Afinal, com quantos anos você se casou? E com quantos anos você tem? Você é louca! – eu ri com as suas indagações. Mas compreendo.
- Me casei com dezesseis anos aproximadamente. – falei como se fosse à coisa mais simples do mundo
- Dezesseis? Meu Deus! E porque tão cedo assim? – tomara que ela não me pergunte tão cedo da minha Idade. Não sou boa mentirosa. Droga de Herança.
- Minha família iria fazer uma longa viagem e eu não queria ficar longe de Jack
- você é louca mesmo! - olhei para Andie entrar na conversa.
- Talvez você também me chame de louca! Eu também me casei. Não no mesmo ano da cerimônia de Nessie, pois havia começado o namoro há pouco tempo e não tinha um motivo pra casar tão cedo. Casei dali dois anos. Tinha dezoito anos...
- E com certeza tem filhos. Acertei? – Entramos no cinema Todayland para comprarmos os ingressos
- Tenho sim. Uma apenas. Chama-se Charlotte! E agora nos conte um pouco sobre você.
- Bom, moro em Forks a mais ou menos dois anos, tenho um pouco mais de vinte anos, não estou namorando em nem casada. Ainda ninguém tomou o meu coração, se assim pode-se dizer. – ela riu com o breve comentário de si mesma.
- Andie pediu três ingressos para o filme Dissapoint e enquanto ela lia a sinopse peguei e fui pagando.
- Pode deixar Nessie, eu pago o meu ingresso.
- Não quê isso! Nem me custa nada. Vamos dizer assim que é uma troca de favores.
- Como assim?
- Você me convidou pra sairmos, conversar; Andie sugeriu o filme e eu pago. Simples assim.
- Mas será abuso da min... – eu a interferi
- Nada disso! Sem mais delongas, vamos lá? O filme já deve estar começando – Nem me custava mesmo. Nunca vimos o fim do dinheiro. Graças a tia Alice. – Vamos, Andie
- Claro! Gente, segundo a sinopse, o filme é fantástico! – fomos andando em direção ás salas de Comédia-Romântica. Que o filme de romântica não tinha nada. Isso era o mais engraçado!
- Esse filme é legal mesmo, Andie. Obrigada meninas... – nessa hora o seu celular tocou, ela tinha um celular simples, desses que é quase de graça. Era a sua mãe. Ela estava preocupada, Camily não havia avisado dos seus planos pro resto da noite.
- Desculpe mãe. Eu te mandei mensagem te avisando dos meus planos hoje. A senhora não precisa ficar tão aflita. Está tudo bem.
- Mensagem dizendo “to indo” não tranqüiliza ninguém. E porque desligar o celular? Por acaso está fazendo algo que não queira ser interrompida?
- Não é isso, mão. Estava no cinema com a Nessie e Andie...
- Quem é Nessie? Quem é Andie? – sua mãe perguntou
- São minhas novas amigas da universidade. Eu te falei isso na mensagem.
- Então não demore pra voltar. Não quero que você fique na rua essa hora.
- Ok mãe. Já estou indo! – pensei em oferecer carona a ela – te amo
- Também te amo.
- Posso te levar pra casa, Camily? . Você quer? Nós também moramos em Forks. Não terá problema algum.
- Claro, se não for incômodo. Eu só peço uma coisa a vocês. Entrem nem que seja pra dar um “oi”, pra mãe ficar mais tranqüila. E não ficar tão preocupada assim.
- Ok, pode deixar – quando Camily me viu entrando no Classic, ficou de queixo caído.
- Presente de casamento de vovô Carlisle! – disse orgulhosa de minha família.
- Impressionante sua família. Viagens longas, aceitar o casamento de uma adolescente e dar um carrão desses...
- É isso que dá ter familiares bajuladores...
- E quem é que dirigia? Seu marido era maior de idade?
- Sim! Ele tinha uns vinte anos – pra não dizer vinte e cinco
- Sei lá qual seria a reação da mamãe sobre eu casar quando era adolescente ainda – já estávamos na estrada. Camily me guiava até sua casa
- Pare nessa casa de material lilás, é onde eu moro - tinha uma mulher elegante na varanda. Pela impaciência deveria ser sua mãe. Ela não esperava que o meu carro estacionasse em frente a sua casa. Ao ver sua filha sair de dentro do carro, vi que seu coração aflito, ficou mais calmo.
- Desculpe a demora Senhora... – não lembro se Camily havia me dito o nome de sua mãe.
- Clara. Clara Robinsons – ela estava me olhando de cima a baixo. O que eu tinha de errado?
- Eu sou Nessie e ela se chama Andie. Estávamos com Camily no cinema.
- Ah sim, sim. Querem entrar? – olhei pra Camily e lembrei-me do que ela me disse pra entrar nem que seja pra dizer um “oi”.
- Sim. – nessa hora meu smartphone tocou. Era Jacob me avisando que já estava indo pra casa já voltando da vovó com as crianças. E que então eu não demorasse pra voltar pra casa.
- tá bom. Amo-te Jak.
- também te amo.
- pelo jeito não posso demorar. Jak me avisou que ta voltando da vovó com nossos filhos.
- filhos? Você é casada? – agora eu não tinha tempo pra explicar. Que a Camily a explique.
- Sim. Tenho um casal. Que casa bonita que vocês moram – falei mudando de assunto. Não sabia se era própria ou alugada.
- é linda mesmo. Foi conseguida com muito trabalho. Mas enfim estamos em nossas casas. Posso dizer “nossa casa” – essa frase tinha ambigüidade.
A parede da sala tinha um papel de parede florido, móveis antigos e super limpos e ilustrados. O chão era de dercoflex, bem conservado. Os móveis bem posicionados, ocupando inteligentemente o pequeno espaço. Com um sofá de três lugares e outro de um. Na pequena raque continha um aparelho de DVD, um pouco passado, e uma televisão, um pouco mais nova.
- Querem beber alguma coisa? – perguntou Clara, sendo educada. Percebe-se com quem Camily aprendeu a ser aducada. Como não me alimento dessas comidas, não podia recusar sem fazer desfeita.
- Não obrigada. Já comemos no cinema.
- Sei, sei. E onde vocês moram?
- Moro na reserva com meu marido e filhos – eu disse.
- E eu moro aqui em Forks mesmo. Sempre vou de carona com Nessie para Seattle. – Andie falou, puxando assunto.
- E se você quiser Camily, pode ir conosco também. Venho te buscar e te trazer, sem algum problema... Se a sua mãe permitir, é claro. – Camily olhou para sua mãe, com os olhos pedintes.
- Pode sim. Assim fico mais tranqüila, nunca gostei do motorista daquele ônibus. Sempre fico com o coração na mão quando Camily vai pra Seattle. Muito obrigada mesmo!
Camily a abraçou e agradeceu.
- Bom precisamos ir. Foi um prazer de conhecer a Senhora.
- Me chame somente de Clara. Assim me sinto velha quando me chamam de senhora – ela riu, e nós rimos também – O prazer foi todo meu!
- Ok – eu disse, ainda rindo
- Tchau Clara – disse Andie
- Então amanhã venho te pegar que horas?
- ás 15h, pode ser? – é mais ou menos o horário que vou buscar Andie
-Pode sim. Então até amanhã. Tchau. – Camily nos levou ate a porta.
- Elas são gente boa mesmo. Você tem sorte em tê-los como amigas – ouvi Clara dizer á Camily. Coisa que Andie não podia ouvir.
- Agora está mais tranqüila, mãezinha? – Camily riu
- Enfim meu coração vai se aquietar quando você fou pra Seattle – Clara disse seria a Camily. Pensei comigo mesma, imagina se ela soubesse que minha família e eu somos vampiros, do bem, mas vampiros, e Jacob um gigantesco lobo, que só o tamanho assusta.
- Acho que a mãe de Camily gostou da gente – Andie me falou. Eu concordei.
Deixei Andie em sua casa e corri pra minha. Jak já estava em casa com as crianças, acho que mesmo adultos ainda irei chamá-los de criança, é força do hábito. Jacob estava com fome. Sim, porque seu estomago gritou ferozmente.
- Crianças, já comeram na bisa de vocês?
- Sim mãe – Joe me disse – Mas eu nunca recuso a comidinha da minha mãe – Joe piscou pra mim.
- Já entendi. Um banquete saindo – dei risada e me virei em direção à cozinha.
- Não antes de me dar um beijo, eu estou com fome, mas a saudade é maior – Jacob me puxou para o seu peito nu.
- Podem fazer isso, mas não na minha frente, né? – Liza falou olhando pro lado
- Viu papai Black, sua filha está constrangida. Deixemos isso pra depois – Jak me soltou de má vontade.
- minha filha é uma estraga prazeres – um mostrou a língua para o outro. Briguei com Jacob por ensinar isso a ele. Mas ele nunca me escuta.
- Estão com fome? – gritei da cozinha, dando risada. Que pergunta...
- Sim! – os três disseram em coro e dando risada
- Olha a família que fui arranjar... – falei comigo mesma
- Agente tem o que merecemos - Jacob falou bem atrás de mim, me assustando. A sua risada em meu ouvido me fez arrepiar.
Fiz pão caseiro, ovos mexidos com bacon e suco natural de laranja, do pé nos fundos de casa.
- Tá na mesa pessoal! – não precisei falar duas vezes, eles tomaram seus lugares e, atacaram, literalmente.
À noite, li um livro infantil para Liza, rezei com eles, desejei boa noite e fui para meu quarto.
- Podemos terminar o que começamos? – Jacob dizendo, me assustou, novamente.
- terminar o quê exatamente? – perguntei já sabendo a resposta.
- Sem graça – ele falou. Dei risada.

Prólogo

Se a minha vida está um inferno, como estaria o próprio inferno? E se está assim, a minha vida, então, não merece o céu eterno. E onde seria o melhor?
Escolhas e decisões que terei de tomar, mas, o que me importa nessa vida é estar com você, independente onde você estiver ou estará. Eu vou para o inferno, se for preciso, para você me tomar nos braços e me fazer feliz. Nem que seja a última coisa que eu faça na vida!
Como no calendário, minha vida também tem fases e faces. Agora, que conheci você, mudou tudo. Terei que escolher ser uma só. Escolher que é o mais difícil.